Preso no Cairo em agosto passado, após ter estado em fuga por sete anos, Ezzat foi condenado no âmbito de um novo julgamento, entre outras causas, por "incitação ao homicídio" e por ter "fornecido armas" a manifestantes em frente à sede da irmandade, em 2013, acrescentou a mesma fonte.
O Egito considera a Irmandade Muçulmana uma organização terrorista desde o verão de 2013.
Em 2015, Ezzat, 76, foi condenado à revelia à prisão perpétua, e também à morte, pelo assassinato de militares e representantes do Estado, incluindo o ex-procurador-geral Hisham Barakat.
Fundada em 1928, a irmandade se posicionou desde meados do século XX como o principal movimento de oposição no Egito. No entanto, em 2013 os integrantes do movimento foram destituídos do conselho político, após o breve mandato de um ano de um de seus membros, Mohamed Mursi.
Mursi foi o primeiro presidente eleito democraticamente após a revolta popular de 2011, mas foi derrubado pelo exército em 2013, sob o comando do marechal Abdel Fatah al Sisi, que se tornou presidente desde então, após uma série de manifestações em massa.
CAIRO