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Estado de Minas SÃO PAULO

Governo leiloa com sucesso concessões de 22 aeroportos brasileiros


07/04/2021 15:52

O governo federal colocou em leilão nesta terça-feira (7) as concessões por 30 anos de 22 aeroportos, e arrecadou um total de 3,3 bilhões de reais, valor muito superior ao esperado pelo governo de Jair Bolsonaro.

Dos três blocos ofertados, que prevêem investimentos de 6,1 bilhões de reais, os dois mais importantes (regiões Sul e Central) foram obtidos pela Companhia de Participações em Concessões (CPC), parte do grupo brasileiro CCR, e o outro (Norte) pelo grupo francês Vinci.

O ágio médio foi 3.822% superior ao valor inicial, segundo o governo. "Foi uma loucura! Foi um sucesso, por mais do que qualquer um poderia imaginar", disse à AFP o economista-chefe da agência Austin Rating, Alex Agostini.

Os 22 aeroportos representam cerca de 11% do tráfego de passageiros no Brasil, o equivalente a 24 milhões de pessoas em 2019, ano anterior à pandemia de coronavírus, que paralisou o setor.

O bloco Sul (9 aeroportos) foi arrematado por 2,1 bilhões de reais, o Central (6 aeroportos) por 754 milhões e o Norte (7 aeroportos) por 420 milhões.

A lista inclui terminais localizados em dinâmicas áreas do agronegócio, como Curitiba, e do turismo, como Foz de Iguaçu, ou essenciais para a comunicação com o resto do país, como Manaus.

A partir da transferência operacional dos aeroportos, os vencedores da concorrência terão 36 meses para "realizar os investimentos necessários na infraestrutura atual para a prestação do serviço adequado aos usuários", explicou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em nota.

"Diziam que a gente era louco de colocar projetos em meio à pior crise no setor aeroportuário. Faremos leilão de 28 ativos e teremos 28 sucessos. É uma grande vitória do governo do presidente Bolsonaro", afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes.

Os três dias da "InfraWeek", que prevê o leilão de concessões de uma ferrovia na quinta-feira e cinco portos na sexta-feira, começaram "com o pé direito", acrescentou.

Bolsonaro fez campanha em 2018 com promessas de realizar um ambicioso plano de privatizações e concessões para reduzir o déficit fiscal e a dívida do Brasil, que dispararam desde o início da pandemia, que já deixou cerca de 337 mil mortos no país.

"Muito bom o governo federal conseguiu tirar de suas costas esses ativos, porque têm uma manutenção muito elevada", disse Agostini.


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