Abbas, de 86 anos, deixou a sede da presidência em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em um helicóptero rumo à Jordânia, de onde tomará um voo para a Alemanha.
De acordo com as mesmas fontes, que pediram para não serem identificadas, o presidente palestino deve retornar na quinta-feira (8).
Na Alemanha, Abbas se "reunirá com a chanceler (Angela) Merkel e fará exames médicos de rotina", completaram as fontes.
Um porta-voz do governo alemão disse à AFP algumas horas depois "não foi possível confirmar uma reunião agendada entre a chanceler e o presidente Abbas".
Este último esteve hospitalizado por mais de uma semana em Ramallah em 2018 por uma pneumonia, o que reacendeu as especulações sobre seu futuro e sua sucessão.
A anunciada viagem à Alemanha ocorre em um momento em que Abbas se encontra politicamente enfraquecido.
Um decreto assinado em janeiro por Abbas estabelece as datas das eleições palestinas: legislativas em 22 de maio e a presidencial em 31 de julho. Estas serão as primeiras eleições palestinas desde 2006.
Abbas está na pior posição nas pesquisas, que colocam seu rival Marwan Barghouthi, uma autoridade dentro do Fatah e preso em Israel, e Ismail Haniyeh, líder do movimento islâmico palestino Hamas, no topo entre as figuras palestinas com maior probabilidade de vencer.
Seu partido laico, o Fatah, está dividido: Nasser al-Kidwa foi excluído por ter criticado a classe dominante e por ter afirmado sua intenção de competir sozinho nas eleições legislativas. Kidwa obteve o apoio de Barghouthi.
A comissão eleitoral aprovou 36 listas para as eleições legislativas e deve anunciar sua composição na terça-feira.
A última eleição presidencial palestina remonta à vitória de Abbas em 2005, seguida no ano seguinte por eleições legislativas vencidas pelo rival Hamas, um prelúdio de confrontos sangrentos entre os dois campos.
Após esse confronto, o Hamas tomou a Faixa de Gaza - sob bloqueio israelense desde 2007 - e o Fatah controla a Cisjordânia - ocupada por Israel desde 1967.
RAMALLAH