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Estado de Minas PARIS

França aumenta restrições por causa da pandemia, que ameaça piorar nas Américas


31/03/2021 17:25

Com os hospitais colapsados, a França decidiu aumentar as restrições para tentar frear o avanço na terceira onda de covid-19, que ameaça piorar nas Américas e é a terceira causa de morte nos Estados Unidos, enquanto a campanha de vacinação avança lentamente na maior parte do mundo.

Em uma mensagem ao país em que admitiu ter "cometido erros" no gerenciamento da crise sanitária, o presidente Emmanuel Macron anunciou que a partir de sábado as medidas de distanciamento - já em vigor em 19 departamentos - serão estendidas a toda a França, o que inclui o fechamento do comércio não-essencial, com algumas exceções, e a proibição de deslocamento por mais de 10 km.

Em uma medida delicada para a população, escolas até o ensino médio vão fechar na próxima segunda-feira por, pelo menos, três semanas. Os alunos terão que voltar para a educação à distância, como há um ano.

O governo, que manterá o toque de recolher noturno, quer acelerar a vacinação e começará a imunizar os maiores de 60 anos no dia 16 de abril e os maiores de 50 anos no dia 15 de maio.

Em pouco mais de um ano, a pandemia já causou a morte de mais de 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo e provocou cerca de 128 milhões de contágios, de acordo com uma contagem da AFP com base em números oficiais.

De acordo com dados oficiais publicados nesta quarta-feira, no último ano a covid-19 foi a terceira principal causa de morte - depois de doenças cardíacas e câncer - nos Estados Unidos, com o recorde mundial de mortes pela doença: cerca de 560.000 desde o início da pandemia.

- "Risco real" de piora nas Américas -

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne, alertou nesta quarta-feira que os casos de covid-19 estão "em alta" nas Américas e que, sem ações preventivas, há um "risco real" de que esse pico seja pior do que o que muitos países viveram no ano passado.

Depois dos Estados Unidos, está o Brasil, , com quase 318.000 mortos, onde os hospitais já estão saturados: 18 das 27 unidades federativas do país têm mais de 90% de seus leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) ocupados por pacientes com covid-19, e outros sete registram um ocupação de 84% a 89%, de acordo com o último boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

"Chegamos a uma situação muito trágica, semelhante à que aconteceu na Itália" no início do ano passado, explicou a epidemiologista brasileira Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Em toda a América Latina, mais de 778.000 pessoas morreram de coronavírus e a região soma mais de 24 milhões de casos.

- Lenta vacinação -

Mais de 565 milhões de vacinas foram administradas em todo o mundo, de acordo com cálculos da AFP com base em números oficiais, mas as desigualdades entre os países são gritantes.

A vacinação avança lentamente, principalmente na Europa e na América Latina.

Na Argentina, com 55.000 mortes por coronavírus e 2,3 milhões de casos, os contágios estão aumentando e a vacinação está progredindo com dificuldade em razão dos atrasos dos laboratórios na entrega das doses.

Até o momento, cerca de três milhões de pessoas receberam a primeira dose e 600 mil as duas, segundo dados oficiais, em um país com 45,4 milhões de habitantes.

Na Colômbia, dois milhões de doses foram administradas em meio a uma nova explosão de mortes e infecções. Mas apenas 228.000 pessoas receberam as duas doses, neste país de 50 milhões de pessoas.

Na cidade equatoriana de Guayaquil, um dos primeiros focos da pandemia na América Latina, novas restrições foram impostas, como a redução da jornada de trabalho, devido ao aumento de casos.

A União Europeia (UE) recebeu no primeiro trimestre deste ano quase 107 milhões de doses de vacinas, ainda que aguarde um aumento no ritmo das entregas nas próximas semanas, anunciou nesta quarta-feira a Comissão Europeia.

Os laboratórios BioNTech e Pfizer anunciaram nesta quarta-feira que sua vacina anticovid mostrou 100% de eficácia em adolescentes de 12 a 15 anos e estão confiantes de que começarão a vaciná-los antes do início do próximo ano letivo.

Por enquanto, tanto os Estados Unidos quanto a União Europeia aprovaram seu uso para maiores de 16 anos. Esta vacina já é administrada em mais de 65 países.

Por outro lado, os especialistas que investigam a relação entre a vacina da AstraZeneca e os coágulos não encontraram fatores de risco específicos, incluindo a idade, mas estão conduzindo uma análise mais aprofundada, informou a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

Nesta quarta-feira, especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) concluíram que uma análise provisória dos dados dos ensaios clínicos das vacinas chinesas Sinopharm e Sinovac mostrou que elas são "seguras" e têm "boa eficácia", mas faltam dados "em idosos e pessoas com outras doenças".

Após declarações inesperadas do diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na terça-feira, alimentando a hipótese de que o coronavírus poderia ter sido gerado devido a um acidente em um laboratório, a China é mais uma vez o alvo da pressão internacional.

Nesta quarta-feira, cientistas e porta-vozes do governo se defenderam das críticas e lembraram que, em seu relatório publicado esta semana, os especialistas internacionais enviados a Wuhan pela OMS praticamente descartam essa possibilidade.

Na terça, Estados Unidos e 13 aliados expressaram conjuntamente preocupação com este relatório sobre a origem da covid-19 e instaram a China a fornecer "acesso total" aos especialistas.

Segundo estudo do Fórum Econômico Mundial, a pandemia atrasou em mais de uma geração o tempo necessário para que a paridade entre homens e mulheres seja alcançada.


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