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Estado de Minas JACARTA

Mulher que morreu baleada em ataque na Indonésia era simpatizante do EI


31/03/2021 14:55 - atualizado 31/03/2021 15:02

Uma mulher que estava armada e morreu baleada em um ataque ao quartel-general da polícia na Indonésia era simpatizante do grupo extremista Estado Islâmico (EI), informaram as autoridades nesta quarta-feira (31), que citaram mensagens que ela deixou nas redes sociais.

A Indonésia se encontra em estado de alerta depois de um atentado suicida contra uma catedral em Makassar, no leste do país, que deixou cerca de vinte feridos no domingo.

"O ataque contra o quartel policial aconteceu às 16h30 locais (06h30 no horário de Brasília)", explicou o chefe da polícia nacional, Listyo Sigit Prabowo.

"Era um 'lobo solitário' que apoiava a ideologia do EI e isso foi provado pelas suas mensagens nas redes sociais", acrescentou Prabowo à imprensa.

Imagens divulgadas por emissoras de televisão mostravam a silhueta de uma pessoa vestida com um véu azul e uma roupa preta larga tentando entrar no perímetro do quartel-general, enquanto os disparos ressoavam.

A mulher foi baleada e depois caiu no chão, onde ficou imóvel. Ela atirou em policiais seis vezes antes de ser abatida, de acordo com o chefe de polícia.

A jovem foi identificada pelas suas impressões digitais como sendo uma ex-estudante de 25 anos, que vivia no leste da capital. Antes do ataque, ela postou mensagens sobre a jihad e uma bandeira do EI em uma conta do Instagram que tinha acabado de criar.

Ao revistarem sua casa, a polícia encontrou uma carta que explicava seu ato e mensagens no Whatsaap de despedida à família.

A polícia investigará suas possíveis ligações com grupos extremistas indonésios.

- Atentados mortais -

Este incidente ocorreu três dias após um atentado suicida na ilha de Sulawesi.

O ataque à catedral de Makassar (leste), no qual cerca de 20 pessoas ficaram feridas, ocorreu no último domingo após a missa de Ramos, no início da Semana Santa.

Os agressores, um jovem casal, foram os únicos a morrer naquele ataque que a polícia atribuiu ao grupo radical indonésio Jamaah Ansharut Daulah (JAD), próximo do grupo do Estado Islâmico.

Mais de dez suspeitos foram presos nos dias seguintes.

As delegacias de polícia têm sido alvos frequentes de ataques de grupos radicais na Indonésia.

Este arquipélago do sudeste asiático, que tem a maior população muçulmana do mundo, enfrenta correntes extremistas há duas décadas e já sofreu vários ataques mortais atribuídos a grupos islâmicos.

Mais de 200 pessoas, principalmente turistas estrangeiros, morreram em ataques na ilha de Bali atribuídos à organização islâmica indonésia Jemaah Islamiyah (JI), em 2002.

Em maio de 2018, uma família de seis pessoas - incluindo quatro menores - detonou bombas contra três igrejas em Surabaya, a segunda maior cidade do arquipélago. Mais de dez fiéis perderam a vida.

No mesmo dia, uma segunda família aparentemente detonou acidentalmente uma bomba em um apartamento e, no dia seguinte, uma terceira família cometeu um ataque suicida contra uma delegacia de polícia.

Esses ataques, que deixaram um total de 15 vítimas mortais e 13 falecidos entre os próprios causadores, foram os mais sangrentos cometidos no arquipélago na última década.

Esses ataques também foram atribuídos ao JAD, que ficou conhecido por um atentado com armas de fogo e bombas em um café Starbucks no qual oito pessoas, incluindo quatro atacantes, foram mortas em 2016.


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