O presidente disse que a iniciativa foi sugerida durante uma conversa por telefone com o primeiro-ministro britânico Boris Johnson na sexta-feira.
"Sugeri que deveríamos ter uma iniciativa semelhante originada de Estados democráticos, para auxiliar as comunidades ao redor do mundo que realmente precisam de ajuda", disse Biden a repórteres, em referência à iniciativa Novas Rotas da Seda.
Pequim aumentou sua influência em alguns países nos últimos anos por meio de empréstimos e projetos sob este guarda-chuva, levantando sinais de preocupação entre outras potências regionais e países ocidentais.
A China ajudou a construir ou melhorar estradas, ferrovias, barragens e portos em mais de uma centena de países.
O presidente Xi Jingping promete "realizar uma cooperação aberta, verde e limpa" por meio das Novas Rotas da Seda, mas os bancos chineses continuam a financiar usinas termelétricas a carvão.
Em seu resumo da ligação entre Biden e Johnson, Londres não mencionou a sugestão do presidente dos Estados Unidos, mas enfatizou que os dois líderes consideraram uma "ação significativa" para impor sanções aos "violadores dos direitos humanos" na província chinesa de Xinjiang.
A União Europeia, o Reino Unido, o Canadá e os Estados Unidos anunciaram nesta semana sanções contra vários membros da elite política e econômica de Xinjiang, em uma iniciativa coordenada contra alegações de violações dos direitos humanos.
Pequim, que considera a situação em Xinjiang um "assunto interno", respondeu reciprocamente.
Pelo menos um milhão de uigures e membros de outros grupos de maioria muçulmana foram detidos em campos em Xinjiang, de acordo com organizações de defesa dos direitos humanos, que acusam as autoridades de forçar a esterilização de mulheres e de trabalhos forçados.
WASHINGTON