Esta é a segunda denúncia de difamação contra a rede de notícias conservadora, que já foi processada em fevereiro por motivos semelhantes por outra empresa de sistemas eleitorais, a Smartmatic.
A Dominion afirma que a Fox começou a apoiar as falsas alegações de Trump de que a eleição foi fraudada a favor de Joe Biden porque o canal estava perdendo audiência, já que seu público é composto em grande parte por seguidores do ex-presidente.
"A Fox decidiu atrair telespectadores, incluindo o próprio presidente Trump, culpando de forma intencional e falsa a Dominion pela derrota do presidente Trump", argumenta a empresa em seu comunicado.
A companhia foi ridicularizada na internet e na mídia conservadora, forçando-a a defender repetidamente sua reputação, embora não houvesse quaisquer evidências de erros em sua contagem de votos.
Dezenas de decisões estaduais e federais, assim como do Congresso dos Estados Unidos, rejeitaram essas acusações.
A Dominion também processou o advogado de Trump e ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, e outro advogado do ex-presidente, Sidney Powell. Na ação de 139 páginas apresentada nesta sexta no estado de Delaware, a empresa acusa a Fox News de divulgar sobre ela "ficções mirabolantes, difamatórias e absurdas".
"A Fox pegou uma pequena chama e transformou em um incêndio florestal", afirma. "A Fox deu a essas ficções um destaque que nunca teria sido alcançado de outra forma."
A Dominion reivindica mais de 1,6 bilhão de dólares em indenização por seus prejuízos, sendo 1 bilhão pela perda de valor da companhia e os outros 600 milhões pela perda de rendimentos.
Em nota, a Fox defendeu seu trabalho nas eleições. "A Fox News Media se orgulha de sua cobertura das eleições de 2020, que seguiu a mais alta tradição do jornalismo americano, e se defenderá vigorosamente diante dos tribunais nesse processo sem fundamento", disse.
O canal também apontou que exibiu uma entrevista no final de novembro de 2020 com o representante da Dominion, Michael Steel, na qual ele explicou como as máquinas funcionam e descartou as acusações de fraude, que descreveu como "fisicamente impossíveis".
NOVA YORK