"Precisamos simplificar drasticamente nossas respostas. Somos muito lentos, muito complexos, estamos muito inseridos em nossa própria burocracia", criticou o chefe de Estado francês à imprensa após uma cúpula europeia realizada por videoconferência.
Emmanuel Macron sublinhou que a saída da crise passaria pela "manutenção das medidas de apoio orçamentário durante o período de crise da saúde e pela rápida implementação do plano de recuperação europeu" de 750 bilhões de euros aprovado em julho.
Com este compromisso "extremamente forte", a UE estava "à altura da tarefa" em sua resposta após a primeira onda da epidemia, na primavera de 2020. Mas, após a segunda e terceira ondas, "podemos ter que completar esta resposta", avisou.
"A força da resposta dos EUA e o plano anunciado há poucos dias pelo presidente [Joe] Biden e seu Congresso nos colocam diante de uma responsabilidade histórica", estimou o presidente francês, referindo-se à decisão de injetar 1,9 trilhão de dólares na economia americana.
Segundo as projeções, "vemos que os Estados Unidos vão recuperar, mais ou menos, em meados de 2021 o seu nível absoluto anterior à crise e, sobretudo, voltarão rapidamente à trajetória em que estavam", analisou Macron.
A UE, por outro lado, não recuperará esse patamar "até a primavera-verão de 2022", uma diferença "preocupante porque é uma perda de potencial de crescimento", concluiu o presidente da França, que defende "uma resposta mais contundente".
PARIS