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Estado de Minas WASHINGTON

Biden dobra meta de vacinação anticovid e diz que pensa se candidatar em 2024


25/03/2021 19:13

O presidente americano, Joe Biden, prometeu nesta quinta-feira (25) durante a primeira coletiva de imprensa de seu mandato imunizar 200 milhões de doses da vacina anticovid em seus primeiros cem dias de governo, dobrando sua meta inicial, e afirmou que pretende se candidatar à reeleição em 2024.

O presidente democrata também insinuou que não cumpriria o prazo de 1º de maio para a retirada de todas as forças americanas do Afeganistão, negociada por seu antecessor republicano, Donald Trump, com os talibãs, embora tenha deixado claro que esperava pôr um fim este ano à guerra mais longa da história dos Estados Unidos.

Além disso, Biden relativizou a afluência de migrantes sem documentos na fronteira sul, a maioria proveniente da América Central, reafirmou que não busca um "confronto" com a China e assegurou que os Estados Unidos darão uma "resposta de acordo" se a Coreia do Norte "escolher uma escalada" em seus testes de mísseis.

Com seu tom discreto, Biden mostrou uma imagem muito diferente à grandiloquência de Trump, durante seu primeiro encontro formal com jornalistas desde que assumiu o cargo em 20 de janeiro.

"Fui contratado para resolver problemas, não para criar divisões", disse, destacando a aprovação pelo Congresso do gigantesco plano de ajuda à economia americana de US$ 1,9 trilhão.

Biden abriu sua coletiva com o lançamento de uma nova meta de vacinação contra a covid em um país onde a pandemia deixou quase 550.000 mortos.

"Sei que é ambicioso", disse. "Mas (...) acho que podemos fazê-lo".

Na quinta-feira, a Casa Branca anunciou a implementação de um plano de 10 bilhões de dólares para corrigir as desigualdades no acesso às vacinas, as quais afetam particularmente as minorias étnicas.

Na administração Biden, os Estados Unidos viram aumentar drasticamente as imunizações desenvolvidas no governo Trump, assim como o apoio econômico, o que representou menos hospitalizações e menos pedidos de auxílio desemprego, que na quinta-feira se situaram abaixo dos 700.000 pela primeira vez na pandemia, declarada em março de 2020.

- "Não vou me desculpar" -

Em meio a estes êxitos, a oposição republicana acusa Biden de ter incentivado milhares de imigrantes sem documentos, incluindo muitos menores desacompanhados, a entrar nos Estados Unidos, ao relaxar a política migratória de Trump.

"Não me desculparei por abolir políticas que violaram o direito internacional e a dignidade humana", disse Biden.

Ao assumir, Biden suspendeu as deportações de migrantes por cem dias, apresentou um projeto de lei para regularizar os 11 milhões de imigrantes sem documentos que - estima-se - vivem no país e começou a admitir alguns dos solicitantes de asilo que levavam meses esperando em acampamentos no México.

Biden disse que o aumento do fluxo de migrantes na fronteira com o México "acontece todos os anos", visto que no inverno "podem viajar com menos risco de morrer devido ao calor do deserto".

Ele assegurou que o afluxo não é maior porque ele é um "cara legal".

"As pessoas deixam Honduras, Guatemala, El Salvador antes de tudo pelos terremotos, as inundações, a falta de alimentos e a violência das gangues", disse.

Mas os funcionários dizem que aumentou o número de menores desacompanhados, que em fevereiro chegou a quase 9.500.

Biden assegurou que não vai deixar nenhuma criança abandonada e admitiu que os Estados Unidos estão permitindo a entrada de famílias de migrantes porque o México se nega a aceitar seu retorno.

"Estamos em negociações com o presidente do México, acho que veremos esta mudança", afirmou, destacando: "Todos deveriam retornar".

- Retirada "difícil" do Afeganistão -

Biden acaba de pôr a vice-presidente, Kamala Harris, a cargo da situação fronteiriça, desatando especulações sobre se a estaria preparando para sucedê-lo em 2024.

Mas o presidente de 78 anos foi claro sobre seu futuro político. "Meu plano é me apresentar à reeleição. Essa é a minha expectativa", disse Biden.

Ele destacou que não faz planos com tanta antecedência, mas que "esperaria plenamente" que Harris voltasse a ser sua colega de chapa.

Também disse que acrescentaria matizes a alguns dos problemas-chave de política externa de Trump: Afeganistão e Coreia do Norte.

Biden, que como vice de Barack Obama foi um dos primeiros defensores da saída do Afeganistão, considerou "difícil" uma retirada até 1º de maio.

"Vamos embora; a pergunta é quando vamos", disse. Quando perguntado se prevê que os soldados americanos continuarão no Afeganistão em 2022, Biden disse: "Não posso imaginar que este seja o caso".

Biden também foi perguntado sobre a Coreia do Norte, que disparou nesta quinta-feira dois supostos mísseis balísticos no mar e anunciou que um deles foi um 'projétil tátil guiado' com motor de combustível sólido, nas primeiras provocações substanciais ao novo governo americano.

"Estamos consultando nossos parceiros e aliados", disse Biden. "E haverá resposta se escolherem uma escalada". Será uma "resposta de acordo", acrescentou.

O presidente disse, no entanto, estar "preparado para alguma forma de diplomacia" com Pyongyang, mas "tem que estar condicionada a que seu resultado seja a desnuclearização".


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