Olga Mijailova, uma das principais advogadas do crítico do Kremlin, disse à AFP que Navalny recentemente se queixou de "fortes dores nas costas", acrescentando que na terça-feira começou a não sentir uma das pernas.
O opositor foi atendido por um neurologista, mas este não deu um diagnóstico, limitando-se a lhe dar comprimidos de ibuprofeno, analgésico e anti-inflamatório.
"Este é todo o tratamento dele", preocupou-se a advogada, dando a entender que este medicamento não resolverá o problema de saúde do ativista. "Não sei o que há de errado com ele. Ele deveria consultar um médico de verdade", acrescentou Mijailova.
A advogada disse, ainda, que nesta quarta-feira não pôde visitar seu cliente, que está detido em uma colônia penal em Pokrov, 100 km a leste de Moscou, conhecida como uma das mais duras da Rússia.
Por sua vez, um dos principais colaboradores de Navalny, Leonid Volkov, considerou que a administração penitenciária poderia tentar ocultar uma possível transferência do opositor para a enfermaria.
"Não sabemos onde Alexei Navalny está, ou por que o escondem de seus advogados", escreveu Volkov no Facebook.
Outra colaboradora, Maria Pevshij, disse acreditar "que a vida de Navalny está em perigo e exigimos que eles tenham acesso a seus advogados".
Navalny, de 44 anos, sobreviveu a um envenenamento no ano passado com Novichok, um agente neurotóxico desenvolvido na era soviética para fins militares.
Ao regressar à Rússia em janeiro passado, após convalescença na Alemanha, foi imediatamente detido e condenado em um caso de fraude ocorrido em 2014, que afirma ter motivações políticas.
FACEBOOK
Twitter
MOSCOU