"As ações que o Grupo vem promovendo em nível internacional, buscando isolar o Governo da Venezuela e seus representantes, não levaram a nada", declarou o ministério argentino das Relações Exteriores.
O governo de Alberto Fernández, peronista de centro-esquerda que conquistou a presidência em chapa com a ex-presidente Cristina Kirchner, rejeitou "a participação de um setor da oposição venezuelana como membro do Grupo de Lima".
Esta participação opositora "levou à adoção de posições que nosso governo não é capaz e não pode apoiar", disse o ministério.
"Mais uma vez, reiteramos que a melhor forma de ajudar os venezuelanos é facilitando um diálogo inclusivo que não favoreça nenhum setor em particular, mas sim conseguir eleições aceitas pela maioria com controle internacional", acrescentou.
"Um diálogo que, sem dúvida, se enriquecerá com vozes dos principais atores sociais do país, como a Igreja, o setor empresarial e as organizações não governamentais, sem exclusões", acrescentou.
O governo Fernández afirmou que, "em um contexto em que a pandemia devasta a região, as sanções e bloqueios impostos à Venezuela e suas autoridades, bem como as tentativas de desestabilização ocorridas em 2020, só agravam a situação de sua população e, em particular, dos seus setores mais vulneráveis".
"As sanções afetam os direitos humanos da população venezuelana, segundo afirma o relatório da relatora especial sobre as repercussões negativas das medidas coercitivas unilaterais no gozo dos direitos humanos", disse a chancelaria.
A Argentina ingressou no Grupo de Lima, formado por 14 países americanos e a União Europeia (UE), por decisão do governo anterior presidido por Mauricio Macri (2015-2019).
O objetivo deste grupo é promover uma solução pacífica para a crise na Venezuela e condenar a ruptura da ordem democrática.
Em 2019, o líder opositor venezuelano Juan Guaidó ingressou no bloco.
BUENOS AIRES