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Estado de Minas SAN FRANCISCO

Congresso dos EUA interroga gigantes da Internet sobre a desinformação


24/03/2021 13:28

Os responsáveis do Facebook, Google e Twitter vão depor na quinta-feira (25) no Congresso sobre a desinformação, após as tensas eleições nos Estados Unidos, o ataque ao Capitólio e a ascensão de um novo governo que parece estar decidido a lutar contra as grandes tecnologias.

A audiência, que acontecerá de forma remota, será a quarta para Mark Zuckerberg, do Facebook, e Jack Dorsey, do Twitter, desde o mês de julho passado, e a terceira para Sundar Pichai, da Google. Outra evidência de como o vasto poder econômico e político das empresas as colocou na mira tanto dos democratas quanto dos republicanos.

"Sejam as falsidades sobre a vacina contra a covid-19 ou as alegações desacreditadas sobre a fraude eleitoral, essas plataformas online permitiram a difusão da desinformação, intensificando as crises nacionais com consequências nefastas na vida real para a saúde e a segurança públicas", disseram em nota os chefes das duas subcomissões do Congresso que realizam a audiência.

A recente reação contra os gigantes da tecnologia, que dominam setores econômicos chave, se intensificou à medida que sua influência cresceu durante a pandemia de coronavírus.

"Não espero nada além de teatro" na audiência, disse a analista Carolina Milanesi, da empresa de estudos de mercado Creative Strategies.

"Continua sendo político e a questão dos republicanos contra os democratas e a liberdade de expressão vai continuar em jogo".

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nomeou esta semana uma conhecida defensora da dissolução das grandes empresas tecnológicas, Lina Khan, para dirigir a Comissão Federal do Comércio, uma medida que sugere uma postura agressiva na aplicação das leis anti-monopólio.

Outro crítico das grandes tecnologias, Tim Wu foi nomeado recentemente para um cargo de conselheiro econômico na Casa Branca.

- Mudanças na lei -

Milanesi disse que espera que os executivos das empresas de tecnologia enfatizem os investimentos, as contratações e as medidas lançadas para combater os abusos, como a difusão da desinformação.

Os gigantes da tecnologia têm muito a perder: vários senadores apoiam uma Lei de Tecnologia Segura que reformaria a legislação favorecida pelas empresas, que pretende protegê-las de serem consideradas responsáveis pelos conteúdos publicados em suas plataformas.

O interesse de reformar a legislação - denominada Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações - aumentou devido ao fato de o ex-presidente Donald Trump ter insinuado que poderia lançar sua própria plataforma de rede social.

O uso provocador das redes sociais por Trump foi uma característica marcante de sua presidência. Ele frequentemente usava os tuítes para criticar seus adversários ou para anunciar alterações na equipe ou mudanças políticas significativas.

O Twitter suspendeu permanentemente sua conta depois que ele a usou para incentivar seus apoiadores que invadiram o Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro, em um ataque que deixou cinco mortos.

Trump também foi expulso do Facebook, Instagram, YouTube e Snapchat após o ataque.

"Temos que pedir mais às grandes empresas tecnológicas, e não menos", disse a senadora democrata pelo Minnesota, Amy Klobuchar, em um comunicado no qual anunciava a Lei de Tecnologia Segura.

"Fazer com que essas plataformas sejam responsabilizadas pelos anúncios e conteúdos que podem provocar danos no mundo real é fundamental, e esta legislação fará exatamente isso".

Enquanto isso, os políticos conservadores acusam as plataformas de redes sociais de sufocar a liberdade de expressão com medidas como a comprovação dos fatos ou a eliminação de contas que espalham informações falsas e perigosas.

"Estou um pouco surpresa pelo momento em que tudo isso está acontecendo", disse Milanesi sobre a audiência de quinta-feira.

"Apesar de ser um assunto importante, acho que há outros mais importantes como vacinar as pessoas e ajudá-las a colocar comida na mesa".

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