"O acusado era um congressista hondurenho que, juntamente com seu irmão, Juan Orlando Hernández, desempenhou um papel de liderança em uma conspiração de narcotráfico violenta patrocinada pelo Estado", escreveram os promotores em documento enviado ao juiz Kevin Castel na noite desta terça-feira. Eles pedem ao juiz que, além de condenar Tony Hernández à prisão perpétua, confisquem dele 138,5 milhões de dólares e lhe imponham uma multa de 10 milhões de dólares.
O juiz Castel, do distrito sul de Nova York, deve anunciar a sentença na próxima terça-feira. Os promotores afirmam que o presidente Hernández conspirou com o irmão, e que o que diferencia este de outros narcotraficantes é "o alcance de sua corrupção e seu uso das instituições hondurenhas para facilitar seus crimes".
Após um julgamento de duas semanas realizado em Nova York em outubro de 2019, Tony Hernández, 42, foi considerado culpado das quatro acusações que enfrentava, entre elas tráfico de cocaína para os Estados Unidos, depoimento falso e posse de armas de fogo.
Outro julgamento realizado atualmente em Nova York, de um suposto narcotraficante hondurenho, envolve o presidente de Honduras no tráfico de toneladas de cocaína para os Estados Unidos. Ele nega as acusações.
Fabio Lobo, filho do ex-presidente de Honduras Porfirio "Pepe" Lobo (2010-2014) - do Partido Nacional, o mesmo dos Hernández -, foi condenado a 24 anos de prisão em Nova York em 2017, por ajudar a traficar 1,4 tonelada de cocaína para os Estados Unidos.
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