"A América Latina e o Caribe estão em uma encruzilhada, então este é um momento-chave para refletir sobre a crise social e econômica que nossos países enfrentam", informou em um vídeo compartilhado durante a inauguração da assembleia na cidade colombiana de Barranquilla.
A cidade caribenha é anfitriã da 61ª Assembleia de governadores do BID, dessa quarta a domingo, em formato semi-virtual por causa da covid-19 e da qual participam 48 países membros, sem acesso por parte da mídia.
"Esta assembleia é importante para forjar uma visão de futuro, para explorar oportunidades de recuperação e crescimento sustentável até 2025", acrescentou Claver-Carone.
A pandemia atinge fortemente o Brasil (282.127 mortes) e o México (195.119), o segundo e o terceiro países com mais óbitos no mundo.
O encontro, inicialmente previsto para março de 2020 e adiado duas vezes por causa da crise na saúde, vai abordar temas de integração regional, transformação digital das economias, emprego para as mulheres, meio ambiente e economias criativas, segundo o BID.
O presidente do BID antecipou em entrevista à Rádio Caracol que uma das principais discussões girará em torno do "clima".
"Uma das coisas que mais me emociona nesta assembleia é o lançamento que vamos fazer da iniciativa Amazônia", da qual participarão sete países, para criar um fundo para "projetos climáticos", declarou, sem especificar valores.
O anúncio será feito nesta quinta-feira junto aos presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e da Colômbia, Iván Duque.
O Fundo Monetário Internacional espera que a América Latina tenha um crescimento de 4,1% neste ano, após a retração de 7,4% do PIB em 2020. Esse aumento está abaixo do crescimento esperado de 5,5% para a economia global em 2021.
O primeiro dia da assembleia teve como foco o desenvolvimento de infraestrutura sustentável e indústrias criativas.
"Os investimentos em infraestrutura podem gerar até 137 mil empregos diretos, indiretos e inclusivos", acrescentou o presidente do BID.
Esta é a primeira assembleia presidida por Claver-Carone, o único americano a estar à frente da instituição.
A América Latina é uma das regiões mais afetadas pela covid-19, com mais de 725.000 mortes e 22,9 milhões de casos, e avança em um lento processo de vacinação.
BOGOTÁ