"É com grande pesar que informo que hoje, 17 de março de 2021, às 18h, perdemos nosso valente líder, o presidente da Tanzânia, John Pombe Magufuli", disse Samia Suluhu Hassan.
Magufuli, que segundo a vice-presidente tinha problemas cardíacos há 10 anos, apareceu em público pela última vez em 27 de fevereiro, e persistiam rumores sobre seu estado de saúde.
Hassan disse que o presidente morreu no hospital Emilio Mzena, uma instalação do governo em Dar es Salaam, onde ele estava recebendo tratamento.
Há uma semana, o líder da oposição Tundu Lissu, exilado na Bélgica, se juntou a outros para questionar a ausência do presidente, dizendo que ele tinha uma forma severa de coronavírus, agravada por problemas prévios de saúde.
Na segunda-feira, a própria Hassan pediu para que os rumores fosse ignorados, sugerindo que o presidente, sem nomeá-lo, estava doente.
"Se há um momento em que devemos estar unidos, é agora", disse ela.
Reeleito em outubro, Magufuli, apelidado de "Bulldozer", chegou ao poder em 2015 prometendo combater a corrupção.
Mas seu primeiro mandato foi marcado, de acordo com muitas organizações de direitos humanos, por uma tendência autoritária, repetidos ataques à oposição e o declínio das liberdades fundamentais.
Em fevereiro, a Tanzânia, que alegou ter sido "libertada" da covid-19 graças às orações, experimentou uma onda de mortes, oficialmente atribuídas à pneumonia.
Personalidades de destaque foram afetadas, como o vice-presidente do arquipélago de Zanzibar, Seif Sharif Hamad, que morreu, obrigando Magufuli a admitir parcialmente a presença do vírus na Tanzânia.
DAR ES SALAAM