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Estado de Minas ATENAS

Dez policiais feridos e 16 detidos em protesto em Atenas


10/03/2021 09:55

Dez policiais ficaram feridos e 16 pessoas foram detidas na terça-feira (9) à noite durante confrontos paralelos a uma manifestação contra os recentes "abusos policiais" em um subúrbio de Atenas, informou a Polícia nesta quarta-feira (10).

Entre os policiais feridos, três continuam hospitalizados, segundo nota da Polícia.

Um deles sofreu graves ferimentos na cabeça, mas "sua vida não está em perigo", disse um porta-voz da Polícia à AFP.

De acordo com imagens da televisão, os manifestantes derrubaram o policial de sua motocicleta antes de espancá-lo.

Quase 5.000 pessoas protestaram na terça em Néa Smyrni, a 5 km de Atenas, contra uma intervenção policial no domingo neste distrito. De acordo com imagens que se tornaram virais, um jovem foi espancado por um policial durante um controle das medidas de confinamento, antes de ser hospitalizado e, em seguida, preso.

O jovem, que disse ter sido chutado por outros três policiais presentes no local, gritou "Está doendo", frase que virou hashtag nas redes sociais.

O principal policial envolvido, visto espancando o jovem, foi suspenso de suas funções, segundo uma fonte policial.

O incidente gerou alvoroço no país e a Justiça ordenou uma investigação.

De acordo com um fotógrafo da AFP no local, os confrontos na terça-feira à noite começaram quando cerca de 200 encapuzados caminharam em direção à delegacia de Néa Smyrni, onde atiraram pedras e coquetéis molotov.

A polícia de choque respondeu com gás lacrimogêneo e canhões de água. Cerca de dez latas de lixo foram incendiadas, obrigando os bombeiros a intervir.

Vários carros foram danificados, informou a polícia.

Dezesseis pessoas foram presas e serão apresentadas ao promotor de Atenas nesta quarta-feira.

A polícia denunciou delitos de "tentativa de homicídio", "lesões corporais graves", "violência", "perturbação da paz comum" e "incêndio criminoso".

A oposição de esquerda, jornalistas e advogados denunciaram nos últimos meses inúmeros incidentes de "repressão policial", a pretexto, segundo eles, da fiscalização do cumprimento das medidas de confinamento.

As manifestações de estudantes ou grupos de esquerda se multiplicaram em Atenas e outras cidades gregas.

Mais de 2.000 estudantes - de acordo com um jornalista da AFP -, protestaram em Atenas na tarde desta quarta-feira contra uma lei que cria uma polícia universitária, a primeira na Grécia.

"A repressão não passará", proclamava uma faixa. Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra o Ministro da Proteção ao Cidadão, chamando-o de "lixo" e "fascista".

A porta-voz do governo conservador, Aristotelia Peloni, acusou nesta quarta o principal partido de oposição de esquerda Syriza de "alimentar a tensão" e "mostrar irresponsabilidade ao apostar no cansaço psicológico de parte da sociedade devido às restrições" para conter a pandemia do coronavírus.

A Grécia atravessa o quinto mês consecutivo de confinamento. A pandemia matou mais de 6.800 pessoas no país, a grande maioria delas desde o início de novembro.


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