O bacilo foi identificado pela primeira vez em 1926 na atual província de Ituri (nordeste).
"O surto congolês é o mais antigo do mundo", afirma a Divisão Provincial de Saúde.
"A peste não parou de circular desde a sua descoberta. Ela vai e vem. Mas parece que voltou depois de 40 anos. Os habitantes não estavam preparados", afirma a Dra. Anne Laudisoit, epidemiologista e integrante da equipe multidisciplinar enviada ao local.
Desde 15 de novembro, 335 casos suspeitos foram registrados, incluindo sete óbitos, de acordo com os registros epidemiológicos consultados no local.
A transmissão para os humanos ocorre por meio de pulgas infectadas de roedores e, em particular, de ratos.
Os ratos contaminam ao entrar nas casas, atraídos por alimentos e reservas de comida.
"A população não tem conhecimento do perigo que as pulgas e os ratos representam na transmissão e manutenção da peste", lamenta o médico congolês Michel Mandro, da Divisão Provincial de Saúde (DSP).
Armadilhas contra pulgas foram colocadas em focos de contágio para a realização de testes para confirmação da presença da praga.
Também estão sendo retiradas amostras de carcaças de ratos, outro possível indicador da doença.
Amostras também são coletadas de pessoas com sintomas de peste bubônica (linfonodos, febre e outros). Essas amostras suspeitas permanecem não confirmadas, um sinal de que a pesquisa sobre a doença é negligenciada na RDC, de acordo com uma fonte científica.
ARU