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Estado de Minas TOKIO

O desastre de 2011 no Japão em números


04/03/2021 06:23

O Japão completa neste mês 10 anos do pior desastre natural de sua história - um terremoto violento, um tsunami mortal e o acidente nuclear de 11 de março de 2011.

O tamanho da devastação é difícil de mensurar, mas alguns números ajudam a visualizar o quadro.

- Terremoto de magnitude 9,0 -

O terremoto submarino registrado às 14h46 locais em 11 de março foi de magnitude 9,0, um dos mais fortes já detectados.

O fenômeno atingiu uma profundidade de cerca de 24 quilômetros, cerca de 130 quilômetros (80 milhas) a leste da prefeitura de Miyagi, no Japão, e produziu violentos tremores em grande parte do país.

A força do abalo moveu a principal ilha japonesa, a Honshu, 2,4 metros para o leste e pode até ter deslocado o próprio exito da Terra.

- Ondas de 9,3 metros -

O terremoto desencadeou um tsunami que começou a chegar à costa do Japão cerca de 30 minutos depois.

A maior onda de tsunami medida pela agência meteorológica do Japão foi de 9,3 metros em Soma, na província de Fukushima. No entanto, a água subiu significativamente em muitos lugares onde os monitores não conseguiram capturar as medições.

Na cidade de Ofunato, por exemplo, meteorologistas calcularam retroativamente que a água atingiu 16,7 metros, com base em vestígios deixados em edifícios.

Em outros lugares, subiu ainda mais de acordo com as inclinações que encontrava pela frente.

A força das ondas destruíram casas até suas fundações em muitos lugares, transformando comunidades prósperas em campos vazios.

- 18.426 mortos ou desaparecidos -

Quase todas as mortes no desastre foram causadas pelo tsunami, um número impressionante.

Em dezembro de 2020, o balanço de óbitos confirmados era de 15.899, com outras 2.527 pessoas desaparecidas e supostamente mortas, de acordo com a agência nacional de polícia do Japão.

Mais de 6.000 pessoas ficaram feridas e outras morreram durante e depois da evacuação.

As mortes foram registradas em várias prefeituras, mas a maioria ocorreu em três regiões: Fukushima, Miyagi e Iwate.

- Três reatores nucleares derretidos -

O tsunami não só trouxe uma onda de morte e destruição, mas também comprimiu os sistemas de resfriamento da usina nuclear de Fukushima Daiichi, levando três de seus seis reatores ao colapso.

Quatro reatores, incluindo um que não estava operacional no momento do terremoto, foram danificados e explosões devastaram os reatores um e três.

Uma década depois, a desativação de Fukushima avança lentamente, com todo o processo previsto para levar décadas.

Os desafios incluem o descarte de uma quantidade crescente de água contaminada por radiação. Depois de passar por um processo de filtração, a maioria dos elementos radiativos é removida, mas lançar a água no mar - conforme recomendado por alguns especialistas - continua sendo uma opção controversa.

- Raio de evacuação de 20 km -

A crise na usina de Fukushima obrigou o governo a declarar uma zona de evacuação em um raio de 20 quilômetros do local.

Os que viviam dentro deste raio receberam ordens para sair, mas muitos que viviam fora da zona marcada decidiram ir embora voluntariamente.

A prefeitura de Fukushima conta como deslocados tanto os que foram obrigados a sair quanto os que optaram por fazê-lo, e calcula o número total de 164.865 desabrigados em 2012, o primeiro ano com dados disponíveis.

Em 2020, o número de evacuados restantes - novamente agrupando aqueles que saíram por escolha e aqueles que receberam ordens - era de 36.811.

- 2,4% de Fukushima interditados -

Quando a zona de exclusão foi declarada após o acidente nuclear, ela cobria cerca de 12% da prefeitura de Fukushima.

Na última década, o governo empreendeu um extenso programa de descontaminação, literalmente raspando camadas de solo superficial entre outros métodos para remover a radiação.

Gradualmente, ela declarou áreas seguras para o retorno dos residentes, com apenas 2,4% ainda coberta por ordens proibidas.

Mas em alguns lugares, os evacuados relutam em voltar mesmo depois que as medidas são suspensas, preocupados com a radiação persistente ou totalmente adaptados a outros lugares.

- 430 quilômetros de barreiras -

Barreiras eram uma característica comum no Japão mesmo antes do tsunami mortal, mas o desastre levou a uma mudança para erguer mais e mais paredões nas costas.

Ao todo, 430 quilômetros de paredões serão eventualmente construídos ou reconstruídos nas três prefeituras mais afetadas - Fukushima, Miyagi e Iwate.

As paredes, que não são contínuas, mas têm centenas de metros em alguns lugares, estavam 80% concluídas em setembro, e o projeto tem um orçamento de cerca de 12 bilhões de dólares.


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