Embora a estratégia comum de Bruxelas seja "correta em seu fundo", "a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) é muito lenta para aprovar vacinas e há gargalos no fornecimento pelas empresas farmacêuticas", lamentou Kurz em um comunicado.
"Temos que nos preparar para outras mutações e não depender apenas da UE para a produção de vacinas de segunda geração", acrescentou.
Kurz viajará para Israel na quinta-feira, onde se encontrará com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen para lançar uma colaboração sem precedentes sobre produção e pesquisa "nos próximos anos".
Para Frederiksen, o mundo "grita" sua vontade de melhorar o ritmo de produção. E ela espera que essa "colaboração de longo prazo" crie as bases para uma estratégia de "produção durável".
"Atualmente, as vacinas estão ganhando destaque. Mas também temos que garantir que teremos o suficiente em um ano, e depois em dois, três, cinco, dez anos", acrescentou.
A presidente da Associação Austríaca de Fabricantes de Vacinas (ÖVIH), Renée Gallo-Daniel, descreveu a estratégia entre os três países como "muito, muito inovadora".
Mas também alertou, em uma entrevista na rádio nacional, que leva "normalmente de cinco a dez anos para colocar uma produção em funcionamento e pelo menos alguns meses a um ano para reorientar uma instalação de produção existente".
Mais e mais países da UE estão se distanciando da tutela de Bruxelas.
República Tcheca, Eslováquia e Hungria já recorreram a outros fornecedores, como russo e chinês, sem aguardar a aprovação da EMA.
VIENA