Profissionais do sexo na Holanda alertaram nesta quinta-feira (25/2) que organizarão um protesto para denunciar o fechamento contínuo de bordéis, enquanto vários restaurantes e cafés planejam reabrir sem autorização.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, anunciou nessa terça-feira (23/2) que algumas das medidas para combater a pandemia da COVID-19 serão mantidas, incluindo um toque de recolher e o fechamento de bares, cafés e restaurantes.
No entanto, decretou uma flexibilização para a maioria das chamadas profissões de contato, com a reabertura dos salões de beleza e massagem a partir de 3 de março.
Segundo Rutte, as profissionais do sexo não podem retomar o seu trabalho (o qual podem exercer desde dezembro) devido "à especificidade do trabalho, que envolve o contato muito próximo e a possibilidade de transmissão do vírus".
Protocolo
As profissionais do sexo, cujo trabalho foi legalizado na Holanda desde 2000, têm previsto se reunir em frente ao Parlamento para protestar.
"Vamos protestar porque somos a única profissão de contato que está excluída da flexibilização das medidas governamentais", afirmou Moira Mona, uma das organizadoras da manifestação.
"Temos um protocolo de higiene rígido e sabemos, talvez melhor do que ninguém, como prevenir a transmissão do vírus", explicou à AFP.