A gritos de "Pablo Hasél, liberdade!", os manifestantes primeiro atiraram fogos de artifício, latas e garrafas contra o cordão policial que protegia a sede da Polícia Nacional, no centro de Barcelona.
De lá se deslocaram para diversos pontos do centro da capital catalã, queimando lixeiras, quebrando vidros de agências bancárias e destruindo o mobiliário urbano.
Segundo os Mossos d'Esquadra, a polícia regional catalã, "grupos de encapuzados" também se aproveitaram para roubar lojas.
"É vergonhoso porque nenhum dos comerciantes é culpado para que quebrem suas vitrines", afirmou à AFP Joan, um homem de 61 anos que preferiu não revelar seu sobrenome.
"Eles não entendem até onde vai a liberdade de expressão", acrescentou.
Também ocorreram protestos na cidade catalã de Gerona, 100 km ao norte de Barcelona, onde "grupos violentos" destruíram o mobiliário urbano para atirá-lo contra a polícia, quebrando as vidraças de uma agência bancária, informaram os Mossos d'Esquadra.
Três pessoas foram presas, uma em Barcelona e duas em Gerona, de acordo com os Mossos.
Hasél, de 32 anos, foi condenado a nove meses de prisão por enaltecer o terrorismo por meio de tuítes nos quais descreveu o rei Juan Carlos I como um "mafioso", além de elogiar as pessoas envolvidas em atentados, e acusou a polícia de matar e torturar migrantes e manifestantes.
Não querendo entrar na prisão voluntariamente, ele se refugiou na universidade de Lleida, a cidade catalã onde nasceu, e foi detido e encarcerado na terça-feira passada.
BARCELONA