"Atiraram com mísseis no coração da economia venezuelana de maneira cruel por meio da proibição de atividades e da restrição de todas as empresas petrolíferas do mundo, especialmente as americanas", disse Maduro em um ato transmitido pela televisão oficial.
"Na onda da Lei Antibloqueio" - outorga poderes extraordinários para contornar sanções norte-americanas -, "na onda de novos contratos benéficos para a República e para investidores internacionais estamos avançando na negociação com empresas de todo mundo", acrescentou.
"Da Turquia, da Índia, da China, da Rússia ... da Europa e quero dizer aos investidores dos Estados Unidos da América (...) que as portas da Venezuela estão abertas para investimentos em petróleo, gás, petroquímica ( ...) para trabalhar em uma sociedade onde todos ganham".
O governo do presidente Donald Trump (2017-2021) aumentou as sanções econômicas contra Caracas em janeiro de 2019, quando Maduro assumiu um segundo mandato, resultado considerado por Washington de eleições fraudulentas.
A série de medidas incluiu um embargo ao petróleo venezuelano, crucial para a economia do país com as maiores reservas mundiais, mas com produção em colapso, produzindo pouco mais de 400 mil barris por dia, níveis das décadas de 1930 e 1940.
A ordem, no entanto, incluía isenções que autorizavam certas operações com títulos da PDVSA e transações para manter empresas de petróleo como a Chevron operando.
"A Venezuela chegou a fornecer 1 milhão de barris de petróleo ou qualquer outra coisa aos Estados Unidos" e "com o roubo da Citgo" - a petrolífera venezuelana nos Estados Unidos, cujo controle foi entregue ao líder oposicionista Juan Guaidó - "A Venezuela parou de vender 500.000 barris de petróleo de qualidade e mais barato para as refinarias dos EUA", disse Maduro.
O líder socialista disse que seu governo tem "uma oferta muito forte para honrar os compromissos" da dívida da Venezuela, declarada inadimplente em 2017, e que ascende a mais de 140 bilhões de dólares.
CARACAS