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Estado de Minas GENEBRA

Advogado chinês detido recebe prestigiado prêmio de Direitos Humanos


11/02/2021 16:17

O advogado chinês Yu Wensheng, detido desde 2018, obteve nesta quinta-feira (11) o prestigiado prêmio Martin Ennals, que homenageia o primeiro secretário-geral da Anistia Internacional por seu trabalho na defesa dos direitos humanos na China.

O júri do prêmio destacou a "coragem" do advogado de 54 anos e diretor da fundação Martin Ennals, Philippe Currat, expressou sua esperança de que divulgar seus feitos "o ajude a recuperar a liberdade".

"Meu marido sempre ajudou os demais e defendeu o Estado de direito. Nunca foi culpado e deveria ser absolvido imediatamente", disse sua esposa, Xu Yan, presente na cerimônia virtual.

O defensor, que segundo sua esposa está mal de saúde após vários anos de prisão, foi detido em Pequim em janeiro de 2018 por seu ativismo a favor da democracia e o Estado de direito.

Sua detenção, na presença do filho pequeno, ocorreu horas depois de escrever uma coluna pedindo reformas constitucionais, como eleições com vários candidatos. Em julho, foi condenado a quatro anos de prisão.

Yu "provocou a ira das autoridades governamentais por ter defendido outros advogados detidos no âmbito da onda de repressão '709' e por pedir uma reforma constitucional", indicam os organizadores do prêmio.

Esta campanha repressiva, lançada pela China em 9 de julho de 2015 conduziu à detenção de centenas de membros do gabinete de advogados e de ativistas e gerou muitas reações internacionais.

Dotado entre 30.000 e 50.000 francos suíços (34.000-56.000 dólares), o prêmio é entregue anualmente desde 1994 por um júri composto por representantes de "10 as mais importantes" ONGs, como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch.

Em até quatro ocasiões o prêmio foi concedido a candidatos por seu trabalho na América Latina: ao bispo mexicano Samuel Ruiz García em 1997; às Brigadas Internacionais de Paz em 2001; ao defensor colombiano Alirio Uribe Muñoz em 2003; e à advogada mexicana Alejandra Ancheita em 2014.

As finalistas da edição atual foram a ativista de direitos da mulher Loujain al Hathloul, recentemente libertada na Arábia Saudita, e a fotógrafa turcomena Soltan Achilova.


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