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Estado de Minas TEGUCIGALPA

Protesto contra morte de mulher em cela da polícia é reprimida em Honduras


08/02/2021 21:14

As forças de segurança hondurenhas reprimiram com gás lacrimogêneo nesta segunda-feira (8) uma manifestação de milhares de pessoas em repúdio à morte de uma mulher em uma cela policial no oeste do país.

"Assassinos, assassinos", gritaram os manifestantes que foram repelidos com bombas de gás lacrimogêneo pela polícia no centro da comunidade La Esperanza, cerca de 150 km a oeste da capital Tegucigalpa. Vários vídeos do ocorrido circularam nas redes sociais.

Há "indícios racionais" de que a enfermeira Keyla Martínez, de 26 anos, foi morta por policiais na manhã de domingo, disse à AFP Olivia Zúñiga, deputada do partido de esquerda Libertad y Refundación (Libre).

"A cidade virou de cabeça para baixo, as pessoas deixaram seus negócios, mercados, suas casas... Para protestar porque a polícia já havia cometido outras violações de direitos humanos", acrescentou a deputado. Ela garantiu que os cidadãos não acreditam na versão oficial de que a jovem se enforcou.

Diante da multidão em frente ao quartel da polícia, os agentes atacaram os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo, o que desencadeou uma "batalha campal" em que os manifestantes se defenderam atirando pedras, com alguns feridos, afirmou Zúñiga.

Em nota, a polícia informou no domingo que Martínez foi presa na noite de sábado por "um escândalo na via pública".

"Horas depois, durante a ronda de fiscalização, nas celas, os agentes a descobriram tentando se suicidar por asfixia por suspensão (enforcamento), então ela foi imediatamente transferida para o Hospital Enrique Aguilar Cerrato, onde faleceu", explicou o comunicado.

O hospital, por sua vez, informou que, quando Martínez foi internada, ela já estava "sem vida".

A Universidade Nacional Autônoma de Honduras (UNAH) exigiu em outro comunicado uma "investigação imediata porque a estudante estava sob custódia policial". Eles consideram a versão policial "inaceitável" sem uma opinião oficial forense.

Zúñiga disse que as autoridades correspondentes concordaram em realizar uma autópsia independente no corpo, no necrotério de Tegucigalpa. A princípio, a polícia era contra.


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