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Estado de Minas WUHAN

Mundo reforça luta contra o coronavírus, enquanto OMS investiga sua origem


31/01/2021 11:03

O mundo, do Peru à França, reforça as restrições para conter a propagação do coronavírus, cuja origem especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) tentam esclarecer em Wuhan, onde, neste domingo (31), fizeram uma visita ao mercado considerado o marco zero da pandemia.

Seguindo os passos de outros países como Portugal, Alemanha ou Canadá, a França fechará suas fronteiras com países de fora da União Europeia (UE) a partir da meia-noite, exceto para viagens essenciais.

No Peru, Lima e sete outros departamentos iniciaram um confinamento obrigatório de duas semanas.

O surgimento de novas cepas tem complicado o combate à covid-19 que, desde seu surgimento no final de 2019 na cidade chinesa de Wuhan, causou 2,2 milhões de mortes em 102,5 milhões de infecções, principalmente na Europa e no continente americano.

Para tentar elucidar a origem do vírus, especialistas da OMS visitaram o mercado de Huanan, onde eram vendidos animais silvestres e onde o primeiro surto da epidemia foi detectado há um ano.

Desde janeiro de 2020, o mercado está fechado.

Esta visita é politicamente sensível para Pequim, acusada de demorar a reagir aos primeiros casos.

Nos últimos dias, as autoridades chinesas reforçaram uma narrativa positiva de sua ação contra o coronavírus, ao mesmo tempo que tentaram minimizar o escopo da missão da OMS. "Não se trata de uma investigação", disse na sexta-feira o ministério das Relações Exteriores chinês.

- Mais restrições -

Com os programas de vacinação em massa ainda incipientes e problemas de abastecimento, as impopulares restrições aos negócios, à circulação e viagens continuam sendo uma das poucas opções disponíveis para os governos na luta contra o vírus.

Além de fechar suas fronteiras para pessoas de fora da UE, a França fechará os grandes shopping centers.

Os portugueses, por sua vez, não poderão viajar para o exterior durante duas semanas, salvo em "casos especiais".

No sábado, a Alemanha proibiu a maioria dos viajantes procedentes de países afetados pelas novas cepas, consideradas mais contagiosas. A decisão afeta Reino Unido, Irlanda, Portugal, Brasil, África do Sul, Lesoto e Suazilândia.

Neste domingo, metade dos 33 milhões de peruanos acordou sob uma quarentena obrigatória de duas semanas, cujo objetivo é conter a segunda onda da pandemia, e as autoridades fecharam até a joia de seu turismo, a cidadela inca de Machu Picchu.

"As medidas são duras (...), mas no momento são necessárias. Precisamos desses 15 dias [de confinamento]. Se cumprirmos, poderemos reduzir o número de infecções", declarou a número dois do governo peruano, Violeta Bermúdez.

Mesmo as nações que conseguiram controlar a crise temem um ressurgimento dos casos. O confinamento da cidade australiana de Perth foi decretado depois que um segurança de um hotel onde pessoas em quarentena estão testou positivo para a covid-19.

O Canadá, que suspendeu seus voos com o México e o Caribe, decretou que os viajantes que entram no país devem realizar um teste de PCR e permanecer em quarentena em hotéis sob sua responsabilidade por pelo menos três dias e sob estrita supervisão.

E nos Estados Unidos, o país mais atingido, com quase 440.000 mortes, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças emitiram uma ordem geral exigindo o uso de máscara no transporte público.

Apesar de o número de infecções e mortes continuar elevado, o surto na primeira economia mundial parece estar diminuindo devido ao maior respeito às regras de distanciamento, ao fim das férias e ao grande número de pessoas que já superaram a doença em algumas áreas, de acordo com especialistas.

- "Se não levarmos oxigênio, vai morrer" -

As campanhas de vacinação lançadas em muitos países são afetadas pela escassez de suprimentos, o que também gerou uma disputa diplomática acirrada entre a UE e o Reino Unido.

Ambos brigam pela vacina desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca com a Universidade de Oxford, já que a empresa afirma que não há doses suficientes devido a problemas de produção.

A Alemanha ameaçou empreender ações legais se o volume prometido não for entregue.

Em outras partes do mundo, as pessoas lutam para encontrar recursos essenciais para a sobrevivência de pessoas próximas.

"Se não levarmos oxigênio, [minha mãe de 69 anos] vai morrer", disse à AFP Yulisa Torres, enquanto esperava resignada para recarregar um cilindro na cidade portuária de Callao, Peru.


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