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Fórum de Davos busca solução para problema da fome no mundo


28/01/2021 10:12

Escassez e desnutrição em alguns países, abundância e obesidade em outros. Antes da Assembleia da ONU em setembro, o Fórum de Davos se propôs a tentar consertar os "sistemas alimentares" mundiais, fragilizados pela pandemia e pelas mudanças climáticas.

O Fórum Econômico Mundial de Davos, celebrado virtualmente este ano, reuniu ministros da Agricultura, diplomatas e outros responsáveis encarregados do combate à fome no mundo.

Equilibrar oferta e demanda: a equação é bem conhecida, mas se tornou mais complexa com a pandemia de covid-19.

Atualmente, 2 bilhões de pessoas no mundo não comem o suficiente ou se alimentam mal. O planeta terá que alimentar 2 bilhões de bocas a mais em 2050 (9,7 bilhões de pessoas previstas na Terra para esta data) e, ao mesmo tempo, conter a destruição de seus recursos e espaços naturais.

A produção de alimentos é considerada responsável por um quarto das emissões de gases de efeito estufa, por uma boa parte do desmatamento e pela perda da biodiversidade. Além disso, 30% dos alimentos produzidos são perdidos ou desperdiçados.

E agora as redes logísticas de abastecimento são colocadas à prova pela pandemia: portos, matadouros, fábricas e fronteiras foram fechados, e o movimento dos trabalhadores agrícolas foi paralisado.

- Risco de "fome em massa" -

Em uma mesa redonda com outros líderes, o primeiro-ministro holandês Mark Rutte defendeu a inovação e a agricultura de precisão mediante satélites e bases de dados. Segundo ele, a cúpula da ONU prevista para setembro sobre o tema será "um ponto de virada".

A Holanda registrará todas as inovações locais que facilitarão as associações com o setor privado, disse ele.

No entanto, "as técnicas usadas nas montanhas da Síria ou Afeganistão não necessariamente funcionarão no Níger, Mali ou Burkina Faso", alertou David Beasley, diretor do Programa Mundial de Alimentos (PMA), a agência da ONU responsável pela ajuda humanitária de emergência, que recentemente recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Beasley convocou os gigantes do agronegócio para fornecer assistência e tecnologia, e "integrar" os pequenos agricultores, sem deslocá-los de suas terras.

"Mais de 600 milhões de explorações agrícolas em todo o mundo são administradas por famílias ou povos indígenas", lembrou Amina Mohammed, vice-secretária-geral das Nações Unidas. "Enquanto isso, apenas 1% das explorações usa mais de 70% da superfície agrícola disponível", acrescentou.

Um dos desafios é "reconfigurar" o uso da terra agrícola no planeta, disse.

Se nada for feito, "teremos fome em massa, países desestabilizados e migrações maciças", alertou Beasley.

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