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Estado de Minas MADRI

Ex-chefe de inteligência espanhol sofre derrota em caso que envolve a Família Real


25/01/2021 15:39

O antigo diretor do serviço de inteligência espanhol perdeu o processo pelo qual reclamava ter sofrido injúria e falsas denúncias feitas contra um controverso ex-comissário de polícia, que foi absolvido pela Justiça em um caso que atinge a Casa Real.

O agente José Manuel Villarejo, conhecido por vazar gravações sigilosas de conversas comprometedoras com a elite política e econômica do país, foi absolvido por um tribunal de Madri, segundo a sentença publicada nesta segunda-feira (25).

O julgamento estava relacionado com as acusações da ex-amante do rei emérito, Juan Carlos I, a empresária alemã, Corinna Larsen, que disse ter recebido ameaças do ex-diretor do Centro Nacional de Inteligência (CNI), Félix Sanz Roldán.

Em 2015, Larsen confiou essas ameaças a Villarejo, uma conversa que foi gravada e vazada para à imprensa.

Dois anos depois, o ex-comissário recuperou essas gravações em uma entrevista e foi denunciado pelo ex-diretor da CNI.

Citada como testemunha no julgamento, a empresária alemã confirmou e deu mais detalhes das ameaças feitas, que foram categoricamente desmentidas pelo ex-chefe da inteligência espanhola entre 2009 e 2019.

Durante uma vídeo-conferência de Londres, Larsen garantiu que o general, Sanz Roldán, havia contactado em numerosas ocasiões para recuperar alguns papéis que tinha as finanças do monarca, agora exilado nos Emirados Árabes sob suspeita de ter ocultado uma fortuna durante seu reinado (1975-2014).

Segundo sua testemunha, durante uma reunião em um hotel de Londres em maio de 2012, pouco depois de ter terminado sua relação com o rei, Sanz Roldán lhe passou algumas "instruções" que deveria segui-las se desejava "garantir" sua "integridade física" e a de seus filhos.

Este encontro foi seguido por um incidente em seu apartamento na Suíça, onde uma chamada telefônica insinuou que poderia ter o mesmo destino que a princesa Diana de Gales, morta em um trágico acidente automobilístico em Paris.

"É mentira. Eu jamais, jamais, ameacei uma mulher", garantiu em sua declaração o general Sanz Roldán.

O tribunal não chegou a apreciar a possível veracidade das ameaças, uma vez que não é de sua responsabilidade "estabelecer certezas sobre as imputações" de Villarejo contra o ex-chefe de espionagem, mas indicou que tampouco poderia provar que esses fatos citados foram falsos.

A decisão, que cabe recurso nos próximos dez dias, não interfere na prisão de Villarejo, preso preventivamente por suas acusações em outros inúmeros casos.


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