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Estado de Minas WASHINGTON

Advogado de Trump é processado por 'grande mentira' sobre eleição nos EUA

Empresa que fabrica urnas eletrônicas exige indenização de 1,3 bilhão de dólares de Rudy Giuliani


25/01/2021 13:53 - atualizado 25/01/2021 16:19

Rudy Giuliani afirmou que a Dominion fraudou as eleições dos EUA para favorecer Biden(foto: MANDEL NGAN / AFP)
Rudy Giuliani afirmou que a Dominion fraudou as eleições dos EUA para favorecer Biden (foto: MANDEL NGAN / AFP)
A Dominion Voting Systems, uma das maiores fabricantes de urnas eletrônicas nos Estados Unidos, inciou um processo contra Rudolph Giuliani, advogado do ex-presidente Donald Trump, nesta segunda-feira (25/01) por difamação em uma campanha de desinformação sobre a eleição presidencial e exigiu uma indenização de 1,3 bilhão de dólares.

A ação contra o ex-prefeito de Nova York de 76 anos, apresentada ao tribunal federal de Washington DC, o acusa de divulgar falsamente uma suposta conspiração da Dominion para conceder votos ao presidente Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro.

"Ele e seus aliados fabricaram e disseminaram a 'Grande Mentira', que viralizou e induziu milhões de pessoas a acreditarem que a Dominion havia roubado seus votos e fraudado a eleição", diz o processo de 107 páginas.

"Giuliani supostamente pediu 20 mil dólares por dia (da campanha de Trump) por essa 'Grande Mentira'. Ele também teria lucrado apresentando um podcast no qual espalhava mentiras sobre a eleição e vendia moedas de ouro, suplementos medicinais, charutos e proteção contra 'ladrões cibernéticos'", diz o texto.

A Dominion - que também iniciou um processo semelhante contra outro advogado aliado de Trump, Sidney Powell, exigindo 1,4 bilhão de dólares em indenização - lembra que mesmo após a invasão do Capitólio por partidários de Trump "enganados por Giuliani e seus aliados", o ex-prefeito continuou repetindo as falsidades.

Embora as tenha divulgado no Twitter, em seu podcast, na mídia conservadora e em audiências legislativas, ele se absteve de mencionar a Dominion em suas tentativas fracassadas de contestar os resultados em tribunais de vários estados, como Pensilvânia e Michigan.

A ação insiste que "a Dominion não foi fundada na Venezuela para favorecer Hugo Chávez nas eleições", nem tem laços com o filantropo milionário George Soros, como sugeriu Giuliani.

A empresa "foi fundada em 2002 no porão de John Poulos em Toronto para ajudar cegos a votarem em cédulas de papel" e tem sede em Denver, Colorado.

Como consequência das mentiras, o fundador da Dominion, John Poulos, e seus funcionários foram perseguidos e ameaçados de morte, e "a empresa sofreu danos sem precedentes e irreparáveis", afirma o processo.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou neste mês quatro ucranianos que colaboraram com Giuliani na tentativa de deprestigiar Biden na campanha eleitoral.


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