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Estado de Minas GENEBRA

Variante britânica do coronavírus se espalha; Biden diz que o pior está por vir


20/01/2021 19:50 - atualizado 20/01/2021 20:38

A variante britânica do coronavírus continua se espalhando pelo mundo e já atingiu pelo menos 60 países e territórios, informou a OMS nesta quarta-feira (20), enquanto o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou em seu discurso de posse que o pior está por vir.

"Estamos entrando naquela que talvez seja a fase mais difícil e mortal do vírus", advertiu Biden em seu discurso em frente ao Capitólio, diante de uma esplanada excepcionalmente vazia, e com todo o público presente usando máscaras.

Biden, que venceu as eleições de novembro com a covid-19 como um dos temas dominantes de sua campanha, observou um minuto de silêncio pelas 400.000 vítimas do novo coronavírus em seu país, de longe o mais atingido pela pandemia.

- Variante sul-africana mais lenta -

Nesta quarta-feira, a China anunciou os primeiros casos da variante britânica, muito mais contagiosa do que o vírus SARS-CoV-2 original e que já está presente em 60 nações.

A variante sul-africana, por sua vez, está-se espalhando mais lentamente e está presente em 23 países e territórios, três a mais do que em 12 de janeiro, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu balanço epidemiológico semanal.

A OMS informou ainda que está monitorando a disseminação de outras duas variantes que surgiram no Brasil, entre elas a P1, que apareceu no estado do Amazonas.

Nos hospitais de Manaus a situação é catastrófica, alertam os médicos, enquanto o serviço de emergência recebe cerca de 1.300 chamadas por dia, 80% por problemas respiratórios.

"Estamos atendendo muitos casos com óbitos: quando a ambulância chega na casa, o paciente já faleceu", explicou à AFP Ruy Abrahim, que coordena o serviço de emergência da cidade.

- Recordes no Reino Unido e Portugal -

A pandemia causou pelo menos 2,04 milhões de mortes em todo mundo desde seu aparecimento na China no final de dezembro de 2019, de acordo com um balanço da AFP, e quase 95,5 milhões de casos foram oficialmente diagnosticados.

Na Europa, o Reino Unido voltou a quebrar recordes, com 1.820 óbitos nesta quarta-feira.

A situação está "muito, muito ruim agora, com enorme pressão e, em alguns casos, parece uma zona de guerra", declarou o assessor científico do governo, Patrick Vallance.

Já Portugal registou um aumento de 50% nas infecções, atingindo um total de 14.647, e 219 óbitos, ambos números recordes.

Portugal (10 milhões de habitantes) tornou-se o país do mundo com a maior taxa de contaminação em relação à sua população.

A Holanda, por sua vez, anunciou que vai impor um toque de recolher, pela primeira vez desde o início da pandemia.

- Alemanha reforça medidas -

Na Alemanha, onde quase mil mortes por coronavírus foram registradas na terça-feira, a chanceler Angela Merkel anunciou novas restrições que incluem a obrigação de usar máscaras médicas no transporte público e em lojas.

Todas as restrições já em vigor, como o fechamento de escolas, bares, restaurantes e espaços culturais, "valem até 14 de fevereiro", anunciou a chanceler.

Ela também alertou, dois dias antes de uma reunião do Conselho da União Europeia, que o restabelecimento dos controles entre os países do bloco não pode ser descartado.

Até o momento, de acordo com um balanço da AFP, pelo menos 60 países, ou territórios, representando 61% da população mundial, lançaram campanhas de vacinação. Deste total, 11 países representam 90% das doses já injetadas.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, advertiu que o mundo vai encarar um "fracasso moral", se os países ricos acumularem vacinas.

Como em muitas partes do mundo, países como Índia, Brasil e Rússia lançaram suas campanhas de vacinação, às vezes com limitações logísticas e desconfiança dos céticos.

Na Europa, o Reino Unido, afetado por uma variante até 70% mais contagiosa, passou a vacinar os maiores de 70 anos.

Na França, desde segunda-feira, as vacinas também estão disponíveis para maiores de 75 anos.

Na América Latina, a Argentina, um dos primeiros países do mundo a usar a vacina russa Sputnik V, anunciou terça-feira que começou a administrar a segunda dose. O país de 44 milhões de pessoas registrou mais de 45.000 mortes por covid-19.

No Oriente Médio, Israel já vacinou um quarto de sua população e estendeu o confinamento até o final de janeiro. Outros países da região, como o Líbano, não receberão suas primeiras vacinas da Pfizer-BioNTech até meados de fevereiro.

- Poderes limitados para a OMS -

De acordo com um comitê de especialistas da OMS, "teria sido possível atuar mais rapidamente com base nos primeiros sinais" da epidemia na China.

Segundo o mesmo relatório, a pandemia revelou a fragilidade desta instituição, com meios insuficientes e "poder limitado" perante os Estados.

Outra equipe de especialistas da OMS está na China, tentando rastrear a origem da covid-19.

A China decidiu na segunda-feira confinar mais três milhões de pessoas ao nordeste para conter novos surtos.

Na Austrália, mais dois tenistas do Aberto da Austrália testaram positivo para a covid-19, elevando para dez o número de contágios relacionados ao torneio. Por causa da pandemia, o evento começará com três semanas de atraso em relação à data tradicional.


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