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Estado de Minas BERLIM

Três homens disputam presidência da CDU na Alemanha


14/01/2021 10:15

O moderado Armin Laschet, o liberal Friedrich Merz, tenaz rival de Angela Merkel, e o independente Norbert Röttgen, capaz de surpreender, são os três candidatos à Presidência do partido conservador alemão União Democrata-Cristã (CDU).

Os militantes do partido da chanceler Angela Merkel elegem seu presidente neste sábado (14). Veja a trajetória política de cada um dos três candidatos:

- Friedrich Merz

Friedrich Merz, de 65 anos, quer a revanche sobre Angela Merkel a qualquer custo.

Este liberal foi candidato à Presidência da CDU no final de 2018, mas acabou derrotado por Annegret Kramp-Karrenbauer, então herdeira política da chanceler, que terminou renunciando ao cargo no início de 2020.

Este advogado, da Renânia do Norte-Vestfália, tem uma longa carreira política.

Foi eurodeputado (1989-1994), depois do Bundestag (1994-2009), e presidente do grupo CDU-CSU entre 2000 e 2002, antes de Merkel assumir o cargo, algo que Merz nunca perdoou.

Piloto amador de avião, liberal convicto - econômica e socialmente -, pai de três filhos, Merz defende uma postura firme na segurança e na imigração. Uma posição que poderia lhe permitir reconquistar os eleitores da CDU que votaram na extrema direita nas últimas eleições.

Apoiado pela base do partido, em particular pela Juventude da CDU, Merz, que contraiu covid-19, foi ofuscado nos últimos meses - porque não exerce responsabilidades locais - por líderes regionais que conduziram a pandemia com Merkel.

Sua passagem pelo fundo americano BlackRock e suas declarações recentes, ligando homossexualidade e pedofilia, ameaçam afastar o eleitorado moderado e ambientalista.

- Armin Laschet

Este ex-jornalista, que completa 60 anos em 10 de fevereiro, encarna a continuação da era Merkel.

Laschet, um conservador moderado, é um aliado da chanceler com quem mantém uma relação de confiança. Este homem apoiou a política de recepção de refugiados em 2015.

Esta proximidade pode, no entanto, tornar-se um obstáculo, pois este católico praticante e convicto pró-europeu se esforça para se diferenciar da líder alemã, que está no poder há mais de 15 anos.

Em 1994, Laschet acedeu a uma cadeira no Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão, e cinco anos depois foi eleito eurodeputado.

Desde 2017, Laschet lidera a região mais populosa da Alemanha, a Renânia do Norte-Vestfália, onde teve de enfrentar a pandemia na linha de frente, com resultados mistos.

Atraiu críticas quando pediu, antes do verão (boreal), cedo demais aos olhos dos especialistas, o levantamento progressivo das restrições para salvar a economia.

Laschet, cujo filho é um "influencer", poderia se beneficiar da dupla que forma com o ministro da Saúde, Jens Spahn, muito popular devido à epidemia, apesar das críticas à estratégia de vacinação.

- Norbert Röttgen, o independente

E se esse especialista em política externa de 55 anos for a surpresa? Esse advogado de formação, com pouco carisma, está empatado com Merz e está bem à frente de Laschet nas pesquisas nacionais.

Ex-grande esperança conservadora, eleito para o Bundestag em 1994, este pai de três filhos também tem contas a acertar com Merkel.

A chanceler interrompeu sua ascensão em 2012, quando o demitiu do cargo de ministro do Meio Ambiente, após o desastre eleitoral em sua região da Renânia do Norte-Vestfália.

Eleito presidente do comitê de Relações Exteriores do Bundestag, defensor de uma linha dura com a Rússia, Röttgen promete rejuvenescer e feminilizar o antigo partido conservador alemão.


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