Os dois vizinhos do leste da África disputam a região fronteiriça de El Fashaga. São 250 km2 de terras agrícolas férteis, disputados pelos agricultores dos dois países.
No começo de dezembro, Cartum acusou as "forças e milícias" etíopes de ter montado emboscadas às tropas sudanesas ao longo da fronteira, deixando quatro mortos e 20 feridos.
A Etiópia, por sua vez, assegurou na semana passada que o exército sudanês havia "organizado ataques com artilharia pesada" e que "muitos civis morreram e ficaram feridos".
As forças sudanesas continuam avançando na região, afirmou um porta-voz do ministério de Assuntos Exteriores etíope, Dina Mufti, denunciando uma violação "inaceitável e contraproducente" do direito internacional.
"Atualmente, as forças sudanesas reforçam suas posições e avançam na região até o interior etíope", explicou durante coletiva de imprensa, pedindo ao Sudão que "voltasse ao statu quo anterior" nesta região, a fim de dar uma oportunidade às negociações entre os dois países.
"A paz e o respeito às normas internacionais continuam sendo a prioridade da Etiópia. No entanto, a Etiópia tem seus limites", advertiu.
A disputa territorial socava as relações diplomáticas entre os dois países, ao mesmo tempo em que tentam alcançar um acordo com o Egito sobre a mega-represa do Grande Renascimento, que Adis Abeba constrói no Nilo Azul.
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ADIS ABEBA
Etiópia e Sudão têm novas tensões por questão fronteiriça
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