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Estado de Minas BUCARESTE

Um dos últimos sobreviventes dos "trens da morte" morre por coronavírus na Romênia


09/01/2021 12:24

Um dos últimos sobreviventes dos "trens da morte" postos em prática pelas autoridades pró-nazistas da Romênia em junho de 1941, Iancu Tucarman, morreu aos 98 anos de covid-19, anunciou neste sábado (9) a comunidade judaica de Bucareste.

"Iancu Tucarman tinha uma incrível generosidade até com quem o enviou para o inferno quando era adolescente. Apesar do sofrimento e da tristeza que caracterizaram sua 'segunda vida', sempre buscou a beleza e a bondade", disse Andrei Muraru, historiador e conselheiro da presidência romena.

Segundo o embaixador de Israel em Bucareste, David Saranga, Iancu Tucarman morreu de coronavírus.

"Sobrevivente de horrores perpetrados durante o pogrom de Iasi", que custou a vida de 13.000 judeus, "este homem, impulsionado por um incrível desejo de viver, não foi capaz de lutar contra este implacável vírus", disse o diplomata.

Em 29 de junho de 1941, milhares de judeus da cidade de Iasi (noroeste) foram reunidos em uma delegacia de polícia por ordem do marechal pró-nazista Ion Antonescu.

Parte deles foi assassinada naquele lugar, enquanto os outros, entre 7.000 e 8.000, foram levados em vagões para gado. Grande parte morreu de asfixia após uma viagem de 10 horas.

Depois de negar por muito tempo seu envolvimento no Holocausto, a Romênia criou em 2003 uma comissão internacional de historiadores comandada pelo prêmio Nobel da Paz Elie Wiesel para esclarecer os fatos.

Segundo o relatório desta comissão, entre 280.000 e 380.000 judeus romenos morreram sob o regime de Antonescu nos territórios controlados pela Romênia.


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