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Estado de Minas ATLANTA

Democratas conquistam segundo assento na Geórgia e asseguram controle do Senado


06/01/2021 22:03

Os democratas assumiram o controle do Senado americano nesta quarta-feira (6) com dramáticas vitórias eleitorais na Geórgia, infligindo ao partido de Donald Trump uma derrota esmagadora a duas semanas da saída do presidente e entregando a Joe Biden um poder integral em Washington.

O revés republicano na Geórgia se deu quando Jon Ossoff foi proclamado vencedor na segunda das duas eleições em jogo para o Senado.

Os apoiadores de Trump, irritados com sua derrota nas eleições presidenciais, fizeram uma violenta invasão ao Capitólio americano, interrompendo a sessão do Congresso para certificar a vitória de Biden e levando o caos a Washington.

Um Trump desafiador, dirigindo-se a seus seguidores em um comício antes dos distúrbios, insistiu: "nunca nos renderemos, nunca concederemos" a vitória.

Ao final de seu mandato de quatro anos, Trump conseguiu perder a Casa Branca, a Câmara de Representantes e agora o Senado para os democratas.

A Geórgia, um estado sulista que durante duas décadas se inclinou para os republicanos, surpreendeu em dois meses: em novembro, quando o democrata Biden derrotou Trump por uma apertada margem e depois no segundo turno, com a derrota dos dois senadores republicanos em exercício, leais ao presidente.

As apertadas vitórias históricas do produtor de documentários Ossoff, que se torna, aos 33 anos, o senador americano mais jovem desde que o próprio Biden assumiu o cargo em 1973, e do reverendo Raphael Warnock, o primeiro afro-americano a representar a Geórgia no Senado, porão fim a um governo dividido em Washington.

Também darão a Biden uma oportunidade de ouro para conduzir sua agenda legislativa.

Warnock, de 51 anos, derrotou Kelly Loeffler, uma empresária de 50 anos nomeada ao Senado em dezembro de 2019, enquanto Ossoff, que se torna o primeiro senador judeu da Geórgia, venceu David Perdue, de 71 anos.

Com a Câmara alta dividida ao meio, a futura vice-presidente democrata Kamala Harris decidirá as votações em caso de empate. Os democratas controlam agora as duas Câmaras do Congresso.

- Governo Biden vence -

Pôr fim ao domínio republicano no Senado tem implicações importantes para o governo Biden, particularmente em vista de que o líder da maioria republicana Mitch McConnell ofereceu uma resistência feroz à agenda do ex-presidente Barack Obama.

Biden, em particular, terá muito mais chances de conseguir que seus candidatos ao gabinete sejam confirmados no Senado.

Igualmente importante é o controle dos democratas na legislação que chegar ao plenário. Biden deixou claro que sua prioridade imediata será impulsionar o alívio das famílias americanas, afetadas pela pandemia do novo coronavírus.

É provável que os juízes federais de Biden e qualquer eleição na Suprema Corte também obtenham maior apoio na Câmara alta, com menos obstáculos.

As acusações do lado republicano não demoraram: muitos admitiram que Trump prejudicou diretamente as chances de Loeffler e Perdue, ao questionar a integralidade das mesmas eleições que eles queriam vencer.

"(Trump) deprimiu a participação republicana. Ponto", tuitou Matt Mackowiak, presidente do Partido Republicano no condado de Travis, no Texas. "Desastre épico para o Partido Republicano com danos incalculáveis".

Trump lançou um esforço implacável e indecoroso para anular os resultados das eleições presidenciais e se concentrou na Geórgia.

Mas fracassou. Pode ser que os eleitores republicanos tenham ficado em casa, negando-se a participar de uma eleição que, segundo seu presidente, foi uma fraude. Por outro lado, os republicanos independentes e moderados podem ter se sentido frustrados com as palhaçadas antidemocráticas do presidente e decidiram retirar seu apoio.


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