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Estado de Minas BRUXELAS

Mundo reage em choque à invasão do Capitólio nos Estados Unidos


06/01/2021 23:41 - atualizado 06/01/2021 23:55

A invasão do Congresso dos Estados Unidos, em Washington, por apoiadores do presidente Donald Trump, nesta quarta-feira (6), proporcionou "cenas chocantes", alertou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, uma manifestação compartilhada por vários líderes mundiais.

"Cenas chocantes em Washington. O resultado dessa eleição democrática deve ser respeitado", escreveu no Twitter o chefe da aliança militar atlântica.

A chegada dos partidários furiosos de Trump forçou a interrupção da sessão destinada a certificar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro.

Ao contrário do que se viu pelo mundo, o presidente Jair Bolsonaro, um aliado de Trump, evitou criticar a violência ocorrida no Capitólio e se mostrou compreensivo com os distúrbios devido às acusações de fraude eleitoral nos Estados Unidos.

Houve "muitas denúncias de fraude" nas eleições, lembrou Bolsonaro.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela expressou "preocupação" com o que chamou de "atos de violência" em Washington.

"Os Estados Unidos sofrem do mesmo que criaram em outros países com suas políticas agressivas. A Venezuela condena a polarização política e espera que o povo americano abra um novo caminho para a estabilidade e a justiça social", continuou.

Por sua vez, o líder da oposição Juan Guaidó afirmou no Twitter que o "ataque ao Capitólio é o ataque à democracia".

O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, por sua vez, lamentou as "cenas profundamente perturbadoras no Capitólio".

"Os votos dos cidadãos devem ser respeitados. Confiamos que os Estados Unidos garantirão a proteção das regras da democracia", disse o líder do legislativo europeu em um tuíte.

O Alto Representante (chefe da diplomacia) da UE, Josep Borrell, também denunciou um ataque sem precedentes à democracia nos Estados Unidos e pediu respeito ao resultado das eleições de novembro.

- "Democracia sob assédio" -

"Aos olhos do mundo, a democracia americana parece estar sob assédio. É um ataque sem precedentes à democracia dos Estados Unidos, suas instituições e o império da lei. Isto não são os Estados Unidos. Os resultados das eleições de 3 de novembro devem ser plenamente respeitados", afirmou Borrell no Twitter.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que "uma transição pacífica é central", insistindo no fato de que "Joe Biden venceu as eleições".

O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, também condenou o que chamou de "um ataque grave contra a democracia".

"A violência contra as instituições americanas é um ataque grave contra a democracia. Eu a condeno. A vontade e o voto do povo americano devem ser respeitados", tuitou o ministro francês.

O chefe do governo italiano, Giuseppe Conte, tuitou que "a violência é incompatível com o exercício dos direitos e as liberdades democráticas. Confio na força e solidez das instituições dos Estados Unidos".

Enquanto isso, o comissário da União Europeia para a Economia, Paolo Gentiloni, postou no Twitter uma foto dos apoiadores de Trump nos corredores do Capitólio e comentou: "Vergonha".

Em outra mensagem, ele observou que se tratam de "imagens que não gostaríamos de ter visto".

Antigo aliado de Trump, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, denunciou o que chamou de "cenas vergonhosas" de Washington e pediu uma "transição pacífica" de poder com o democrata Joe Biden.

"Cenas vergonhosas no Congresso americano. Os Estados Unidos são os defensores da democracia em todo o mundo e agora é vital que a transferência do poder seja feita de forma pacífica e ordeira", afirmou Johnson no Twitter.

"Os Estados Unidos têm, e com razão, muito orgulho de sua democracia e nada pode justificar essas tentativas violentas de inviabilizar a transição legal de poder", criticou o chanceler britânico, Dominic Raab.

- "Cenas chocantes" -

"Cenas chocantes e profundamente tristes em Washington D.C. que devem ser chamadas do que são: uma agressão deliberada à democracia por um presidente que está deixando o cargo e seus apoiadores, que estão tentando reverter uma eleição livre e legítima", condenou seu homólogo irlandês, Simon Coveney.

"O mundo está de olho em vocês", acrescentou, pedindo uma "volta à calma".

O primeiro-ministro irlandês, Michael Martin, lembrou o "vínculo profundo" de seu país com os Estados Unidos, declarando que estava acompanhando os acontecimentos em Washington com "grande preocupação e consternação".

Mais cedo, o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, exortou os seguidores do presidente Trump, a "deixarem de pisotear a democracia" depois que eles invadiram o Congresso americano, em Washington.

"Trump e seus seguidores deveriam finalmente aceitar a decisão dos eleitores americanos e deixar de pisotear a democracia", tuitou, acrescentando que "as palavras incendiárias viram ações violentas".

"O que se está vendo neste momento em Washington é um ataque totalmente inaceitável contra a democracia nos Estados Unidos. O presidente Trump tem a responsabilidade de detê-lo. Imagens assustadoras, incrível que seja nos Estados Unidos", reagiu por sua vez a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou em comunicado "o atentado contra as instituições nos Estados Unidos" e pediu a volta "necessária à racionalidade e a conclusão do processo eleitoral conforme a Constituição".


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