(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas LONDRES

Inglaterra e Escócia voltam a se confinar; vacina da AstraZeneca/Oxford traz esperança

Apesar de iniciar a vacinação, taxas de transmissão nos países voltam a preocupar autoridades


04/01/2021 18:23 - atualizado 04/01/2021 20:37

Vacina da AstraZênica começa a ser aplicada no Reino Unido(foto: Francois Lo Presti/AFP)
Vacina da AstraZênica começa a ser aplicada no Reino Unido (foto: Francois Lo Presti/AFP)
 

A Inglaterra será submetida a um terceiro confinamento total, inclusive com o fechamento de escolas, anunciou nesta segunda-feira (4) o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, depois de a Escócia fazer o mesmo, deixando o Reino Unido com as esperanças depositadas na vacina da contra a COVID-19, que começou a aplicar.

 

Com mais de 75.400 mortes, o Reino Unido é um dos países da Europa mais afetados pela COVID-19 e enfrenta uma nova onda incontrolável de contágios desde a descoberta de uma nova cepa muito mais transmissível em dezembro.


"Temos que fazer mais, juntos, para pôr esta nova variante sob controle, enquanto distribuímos nossas vacinas", disse Johnson em uma mensagem breve e solene à nação, transmitida na hora de maior audiência noturna.

"Portanto, devemos entrar em um confinamento nacional suficientemente rígido para conter esta cepa", acrescentou.

Os deputados voltarão do recesso nesta quarta-feira para votar a medida, que entrará em vigor "o quanto antes", afirmou, embora tenha pedido à população para começar a aplicá-la já. Se as condições o permitirem, o governo espera poder começar a suspender as restrições em meados de fevereiro, afirmou.

A situação no país é grave: nesta segunda havia 26.626 pacientes hospitalizados com COVID-19 na Inglaterra, um aumento de 30% com relação à segunda-feira passada. O recorde de internações na primeira onda, na primavera no hemisfério norte, foi de 18.974.

A taxa de contágios em 30 de dezembro era de 518 por 100.000 habitantes na Inglaterra e 950 em Londres, segundo dados oficiais.

Neste contexto, os quatro conselheiros médicos de Inglaterra, Escócia, Gales e Irlanda do Norte, além do diretor do serviço público de saúde inglês, haviam pedido conjuntamente restrições totais diante do "risco de os serviços de saúde serem superados".

Também na Escócia, a primeira-ministra, Nicola Sturgeon, havia anunciado pouco antes sua decisão de "introduzir, a partir da meia-noite, durante todo o mês de janeiro, um requisito legal de permanecer em casa, exceto para finalidades essenciais (...), similar ao confinamento de março passado".

Nos dois casos, os centros educacionais de todos os níveis terão que passar à educação à distância a partir de terça-feira. Só as creches permanecerão abertas.

Acelerar a vacinação

 

Neste contexto, a distribuição da vacina uma "conquista fantástica" da ciência britânica, segundo Johnson, mais barata e fácil de conservar que o produto da Pfizer, e da qual o país encomendou 100 milhões de doses, é apontada como o único motivo de esperança.

O Reino Unido, que já vacinou um milhão de pessoas com a vacina da se tornou nesta segunda o primeiro país a inocular a segunda.

Brian Pinker, um aposentado britânico de 82 anos que precisa de diálise por um problema nos rins, recebeu no Hospital Churchill da Universidade de Oxford.

Com o rosto protegido por uma máscara, Pinker, um ex-funcionário do setor de manutenção da cidade, arregaçou a manga da camisa diante das câmeras de televisão para que a enfermeira chefe Sam Foster lhe aplicasse a injeção.

"Estou muito feliz de receber esta vacina de covid hoje e muito orgulhoso que tenha sido desenvolvida em Oxford", afirmou.

"Esta vacina significa tudo para mim, na minha cabeça é a única maneira de recuperar um pouco de vida normal", completou.

Para a enfermeira Sam Foster "foi um verdadeiro privilégio ter administrado a primeira vacina aqui no Hospital Churchill, a poucas centenas de metros de onde foi desenvolvida".

Brian "foi genial. Estava ansioso para tomá-la. Não hesitou e disse que não sentiu nada após a injeção. É um grande paciente e um grande defensor desta vacina", completou Foster.

De acordo com os cientistas britânicos, a vacina oferece proteção a partir de 22 dias depois da primeira dose e durante pelo menos três meses.

Por este motivo, e para alcançar o maior nível possível da população, as autoridades de saúde inglesas decidiram espaçar consideravelmente, a até 12 semanas contra as três inicialmente previstas, a administração das duas doses necessárias.

O ministro da Saúde, Matt Hancock, afirmou "esperar que superaremos este momento difícil nas próximas semanas e meses".

"As chances de que conseguiremos se aceleraram significativamente hoje porque fomos capazes de ser o primeiro país do mundo a injetar esta nova vacina da AstraZeneca", disse à rádio BBC.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)