"Se entendi bem, sou francês. Minha mãe nasceu na França, sua mãe era completamente francesa, assim como seu avô", explicou Stanley Johnson em francês à rádio RTL.
"Para mim, é uma questão de reivindicar o que já tenho e, por isso, estou muito feliz", acrescentou.
Stanley Johnson, de 80 anos, foi um dos primeiros funcionários britânicos em Bruxelas, membro do Parlamento Europeu e da Comissão. Inicialmente contrário ao Brexit em 2016, ele mudou de ideia no ano seguinte.
"Sempre serei europeu, isso é certo. Não podemos dizer aos ingleses 'não são europeus'. A Europa é mais do que o mercado comum, é mais do que a União Europeia", afirmou.
"Dito isso, sim, ter um vínculo como esse com a UE é importante", admitiu, referindo-se ao passaporte europeu.
Sua filha, Rachel Johnson, já havia dado a entender em março que iniciaria o mesmo trâmite depois que o Reino Unido deixasse a UE.
"É uma boa notícia. Eu também poderia me tornar francesa", declarou ela na época, em um livro.
Após meio século de integração europeia e de quatro anos e meio de uma saga do Brexit, com inúmeras idas e vindas, o Reino Unido vive esta quinta-feira suas últimas horas ao ritmo das regras europeias.
Às 23h locais e GMT (meia-noite de Bruxelas), o Brexit se tornará uma realidade para o país, que deixou a UE oficialmente em 31 de janeiro, mas que contou com um período de transição para amortizar o golpe.
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PARIS