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Estado de Minas WASHINGTON

OEA adverte que pandemia piorou condições do êxodo venezuelano


29/12/2020 21:35

A pandemia piorou as condições de vida dos emigrantes venezuelanos, já que, apesar de ter causado uma desaceleração do fluxo de pessoas devido ao fechamento das fronteiras, aumentou as dificuldades que essa população enfrenta, aponta a secretaria-geral da Organização de Estados Americanos (OEA) em um relatório divulgado nesta terça-feira.

O texto foi coordenado por David Smolansky, ex-prefeito opositor do governo de Nicolás Maduro e coordenador do Grupo de Trabalho criado pela secretaria da OEA para os emigrantes venezuelanos.

O grupo concluiu que a pandemia agravou a crise migratória, uma vez que as medidas motivadas pela crise sanitária aumentaram as dificuldades dos emigrantes. Segundo projeções, se as fronteiras fossem reabertas e o governo venezuelano, mantido, o total do êxodo poderia chegar a 7 milhões de pessoas em 2021.

A ONU contabiliza atualmente 5,4 milhões de emigrantes e refugiados venezuelanos no mundo, dos quais menos da metade possui documentos. Um total de 31% dessa população está na Colômbia e, em seguida, em Peru, Chile e Argentina, segundo as Nações Unidas.

Em seu balanço de 2020, o grupo de trabalho da OEA destaca que a pandemia mudou a dinâmica da emigração e obrigou muitas pessoas a retornarem à Venezuela, por terem perdido suas condições de vida ou devido ao medo gerado pelo novo coronavírus.

Segundo o estudo, mais de 140 mil venezuelanos voltaram para casa, 134 mil a partir da Colômbia e cerca de 8 mil, do Brasil. Ao retornarem, muitos foram "estigmatizados e criminalizados" e sofreram "tratamentos cruéis e degradantes" por parte do governo Maduro, que não é reconhecido por mais de 50 países.

A reativação das economias vizinhas resultou, a partir de setembro, numa retomada do fluxo de saída, mas, devido ao fechamento de fronteiras, os emigrantes enfrentam, agora, trajetos irregulares ou por rotas marítimas perigosas, o que aumenta a sua vulnerabilidade.


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