De acordo com os números oficiais, na semana que terminou em 19 de dezembro os novos pedidos diminuíram em 89.000, após duas semanas de alta pelo avanço da covid-19. A queda supera as expectativas dos analistas, que projetavam uma queda menos pronunciada.
Os números foram publicados poucos dias antes do fim das ajudas de emergência concedidas durante a pandemia, da qual dependem milhões de trabalhadores.
Após meses de árduas negociações, democratas e republicanos alcançaram um acordo no Congresso esta semana para aprovar um pacote de estímulo de 900 bilhões de dólares. Na terça-feira à noite, porém, o presidente Donald Trump ameaçou não assinar o texto, caso emendas não sejam apresentadas à legislação.
O pacote contempla uma ajuda direta às pessoas em dificuldades de 600 dólares, e Trump afirmou que deseja elevar o valor para US$ 2.000.
A consultoria HFE indicou que houve uma queda mais expressiva do que o esperado dos novos pedidos, mas que os dados apresentam algumas distorções sazonais, devido às festas de fim de ano.
"Mesmo assim, as demissões prosseguem em ritmo elevado e são um indicativo das contínuas dificuldades do mercado de trabalho", afirmou a HFE.
A Oxford Economics destacou que "uma melhora da situação da pandemia está à vista com a vacina, mas a situação sanitária provavelmente continuará mal nos próximos meses, o que vai pesar sobre o mercado de trabalho e a economia em geral".
WASHINGTON