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Estado de Minas

Vacina australiana é abandonada após falso resultado positivo para HIV


10/12/2020 21:55

O desenvolvimento de uma vacina contra covid-19 na Austrália foi abandonado nesta sexta-feira (10) depois que os estudos clínicos produziram um falso resultado positivo para HIV entre os participantes de testes em estágio inicial.

O resultado levou o governo a suspender os planos de comprar milhões de doses da vacina candidata e, em vez disso, aumentar os pedidos de alternativas da AstraZeneca e da Novax, disse o primeiro-ministro Scott Morrison.

"A vacina da Universidade de Queensland não será capaz de avançar, com base no parecer científico, e não fará mais parte do plano de vacinação da Austrália", afirmou Morrison.

A potencial vacina, que ainda estava em fase um de testes na Universidade de Queensland, usou uma pequena quantidade de proteína do HIV como um "grampo molecular", mas desencadeou uma resposta de anticorpos que pode interferir na detecção do HIV, explicou o ministro da Saúde, Greg Hunt.

Embora a vacina tenha se mostrado promissora na supressão da covid-19 e não houvesse chance de transmissão do HIV, seu desenvolvimento foi abandonado por temores de a confiança do público nas vacinas fosse prejudicada, disse o secretário do Departamento de Saúde, Brendan Murphy.

"Provavelmente teria funcionado muito bem como vacina, mas não podemos ter problemas de confiança", declarou Murphy.

O professor Paul Young, da Universidade de Queensland, insistiu que a proteína do HIV usada na vacina era "completamente inofensiva" e não representava nenhum risco para a saúde daqueles envolvidos nos ensaios.

Segundo o governo australiano, o anúncio não altera o plano de vacinação previsto para começar em março.

Com a Austrália registrando apenas um pequeno número de infecções por dia, o governo disse que poderia se dar ao luxo de adotar uma abordagem relativamente cautelosa em relação às vacinas em comparação com países que sofrem grandes surtos.

A Austrália teve 28 mil casos confirmados de covid-19 entre uma população de 25 milhões de pessoas, com cerca de 900 mortes.


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