A China anunciou nesta quinta-feira sanções contra autoridades americanas, em resposta às medidas punitivas anunciadas por Washington contra Pequim por sua política no território semiautônomo de Hong Kong.
A ex-colônia britânica foi cenário de grandes manifestações pró-democracia em 2019. Em junho, a China promulgou uma polêmica lei de segurança nacional, muito critica pela comunidade internacional.
Na segunda-feira, Washington anunciou que os 14 vice-presidentes do Comitê Permanente do Parlamento chinês, que votaram a polêmica lei, não podem entrar em território americano.
O Departamento do Tesouro também congelou seus ativos nos Estados Unidos e fechou o acesso dos 14 ao sistema financeiro do país.
Como resposta, a China vai impor "sanções às autoridades do Executivo americano, a funcionários do Congresso, ONGs (...) que se comportaram mal a respeito do tema Hong Kong", anunciou Hua Chunying, porta-voz da diplomacia chinesa.
Além disso, todos os membros de suas famílias serão afetados por esta medida, segundo a porta-voz, que não revelou mais detalhes.
Hua Chunying disse ainda que a China "anulará a isenção de vistos" que beneficiava donos de passaportes diplomáticos americanos em viagens a Hong Kong e Macau.
"A China pede novamente aos Estados Unidos que acabe imediatamente com a interferência em assuntos internos e não siga por este caminho ruim e perigoso", disse a porta-voz.
A lei sobre a segurança nacional em Hong Kong pune qualquer pedido de independência da ex-colônia britânica, devolvida a China em 1997.
Washington já havia adotado sanções contra 15 autoridades de Hong Kong, incluindo a chefe do Executivo pró-Pequim, Carrie Lam.