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Estado de Minas

Anistia Internacional saúda ONU por cobrar do Irã desaparecimentos em 1988


08/12/2020 22:31

A Anistia Internacional saudou o envio de uma carta da ONU ao Irã em que a organização exige o esclarecimento da morte de dissidentes na prisão em 1988 e alerta que podem se tratar de "crimes contra a humanidade".

A sede da ONU em Genebra confirmou o conteúdo da carta, que foi enviada em setembro, mas não havia sido divulgada até então.

Durante anos, ONGs de direitos humanos têm feito campanha por esclarecimentos sobre o que poderiam ser execuções extrajudiciais de milhares de iranianos, a maioria jovens, durante os últimos anos da guerra com o Iraque (1980-1988).

Os assassinados seriam membros, sobretudo, da Organização dos Mujahidins do Povo Iraniano (OMPI), um grupo de oposição proibido que apoiava o Iraque durante a guerra.

A Anistia acusa o Irã de ter ocultado "sistematicamente" as circunstâncias da morte desses jovens, assim como o destino de seus restos mortais.

Em setembro, sete relatores especiais das Nações Unidas escreveram uma carta ao governo iraniano declarando que estavam "muito preocupados com as contínuas recusas (de Teerã) em comunicar o destino (dos mortos) e o local" onde foram enterrados.

Eles pediram que seja realizada uma investigação "completa" e "independente" que possa estabelecer "certidões de óbito precisas" para as famílias. Caso as negativas continuem, a ONU pode lançar uma investigação internacional sobre os fatos.

Diana Eltahawy, vice-diretora da Amnistia Internacional no Norte da África e Oriente Médio, considerou a carta um "grande avanço".

Em 2018, a ONG com sede em Londres manifestou seu desejo de que o Conselho de Direitos Humanos da ONU criasse um mecanismo de investigação internacional sobre o caso.

Segundo alguns ativistas, milhares de presos foram mortos sem julgamento por ordem do líder supremo da época, o aiatolá Ruholla Khomeini. O número exato não é claro, mas o Conselho Nacional de Resistência do Irã (CNRI) fala em 30 mil mortes.


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