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Estado de Minas

México planeja limitar ação de agências estrangeiras no país


08/12/2020 19:25

O México planeja limitar a ação de agências estrangeiras no país, informou o presidente Andrés Manuel López Obrador nesta terça-feira (8), insatisfeito com o papel da agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA) na recente captura de um ex-ministro da Defesa mexicano.

A emenda foi apresentada pelo governo ao Senado em um projeto de reforma da lei de segurança nacional, mas ainda não foi debatida.

"Queremos resolver isso de uma vez por todas, que as regras sejam claras", disse o presidente esquerdista em sua conferência matinal, observando que, no caso dos Estados Unidos, apesar das relações estreitas, "não há um quadro jurídico claro para a cooperação". "Em outros países existem regras, existem normas, nos Estados Unidos, do que eles podem permitir que membros de outros governos façam em seu território, como países independentes, livres e soberanos", assinalou.

López Obrador não detalhou as mudanças que a emenda introduziria, mas um rascunho da iniciativa, ao qual a imprensa teve acesso, indica que os agentes estrangeiros seriam obrigados a compartilhar todas as informações colhidas no exercício de suas funções no México.

O presidente questionou a DEA por ter agido pelas costas de seu governo no caso do ex-secretário da Defesa Salvador Cienfuegos, detido no dia 15 de outubro, quando chegava de férias com sua família a Los Angeles. "A DEA deveria informar sobre sua participação", criticou o presidente do México após a prisão, destacando que, "indubitavelmente, eles conviveram" com o militar da reserva.

Cienfuegos foi repatriado em 18 de novembro, depois que um juiz de Nova York aceitou um pedido incomum do governo dos Estados Unidos, a pedido da promotoria mexicana, para encerrar as acusações de tráfico de drogas contra o policial, para que seja investigado em seu país. O governo López Obrador apoiou essa decisão, argumentando que os crimes dos quais Cienfuegos é acusado teriam sido cometidos no México.

Segundo o jornal "Milenio", o projeto de lei também prevê que os agentes estrangeiros percam sua imunidade caso exerçam poderes exclusivos das autoridades mexicanas, e os obrigaria a apresentar um relatório mensal sobre as atividades relacionadas à cooperação.

A situação controla o Congresso bicameral.


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