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Estado de Minas

Justiça francesa declara culpado e prende suspeito de atentado antissemita em 1982


05/12/2020 14:49

Um dos suspeitos do ataque contra a comunidade judaica em Paris em 1982, extraditado pela Noruega, foi declarado culpado neste sábado por "assassinatos" e "tentativas de assassinato" e colocado em prisão preventiva, informaram fontes judiciais.

Walid Abdulrahman Abu Zayed, de 62 anos, contra quem pesava um mandado de prisão emitido pela França em 2015, foi extraditado pela Noruega na última sexta-feira, onde se estabeleceu em 1991. A Noruega havia aprovado sua extradição em 27 de novembro.

A justiça francesa o acusa de ser "um dos atiradores no atentado" que deixou seis mortos e 22 feridos em 9 de agosto de 1982, no bairro parisiense do Marais, onde historicamente se concentra a comunidade judaica.

O réu, que chegou à França na sexta-feira a bordo de um vôo da Air France vindo de Oslo, foi enviado para um centro de detenção administrativa.

No sábado, ele foi apresentado perante um juiz de investigação antiterrorista do tribunal de Paris, que o acusou de "assassinatos" e "tentativas de assassinato", segundo uma fonte judicial informou à AFP.

O agravante "de relação com uma empresa terrorista" data de 1986, ou seja, quatro anos após os fatos, portanto não pode figurar entre as acusações, afirmou.

Abu Zayed foi posteriormente colocado em prisão preventiva.

"Não gosto da França. Não quero ir para a prisão na França", afirmou Abu Zayed, conhecido pelo nome de Osman na Noruega, que o naturalizou em 1997, ao tribunal norueguês em setembro.

Abu Zayed se declara inocente, garantindo que estava em Monte Carlo no momento do ataque.

Em 9 de agosto de 1982 ao meio-dia, um grupo de três a cinco homens atirou uma granada dentro de um restaurante emblemático do bairro judeu parisiense e, em seguida, metralhou o interior, bem como os transeuntes. Eles mataram seis pessoas e feriram 22.

O ataque foi atribuído ao grupo palestino Fatah-Conselho Revolucionário de Abu Nidal, um dissidente da Organização para a Libertação da Palestina.

Essa extradição, quase quatro décadas após o ocorrido, abre caminho para o julgamento.

A justiça francesa emitiu mais três mandados de prisão internacionais contra dois indivíduos localizados na Jordânia e um terceiro na Cisjordânia, suspeitos de terem preparado ou participado do ataque.


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