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Estado de Minas

Coalizão de governo prestes a se desfazer em Israel


02/12/2020 18:25

Seis meses após sua formação, o governo de coalizão de Israel está à beira do colapso, depois que o Parlamento votou preliminarmente por sua dissolução e a convocação de novas eleições.

As tensões já são evidentes entre o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e seu ministro da Defesa, Benny Gantz, entre os quais foram necessárias três eleições para a formação da unidade a um passo do divórcio.

A proposta de dissolução foi aprovada por 61 votos a favor e 54 contra. O projeto, apresentado pela oposição, agora deve ser debatido em uma comissão parlamentar.

O governo de unidade Netanyahu-Gantz, acordado em abril, foi desde o início um casamento forçado. Tinha como objetivo, em parte, dar estabilidade a Israel após a pior crise política de sua história e garantir um Executivo eficaz na luta contra a pandemia do novo coronavírus.

Segundo o pacto, Netanyahu atuaria como primeiro-ministro durante a primeira metade do acordo de três anos e Gantz assumiria o cargo em novembro de 2021.

Netanyahu pediu em uma entrevista coletiva, poucas horas após a votação, que Gantz "cesse a corrida em direção às eleições e seus ataques violentos e mude seu comportamento. Não é tarde demais".

Gantz, do partido de centro-direita Azul e Branco, reagiu com uma declaração ríspida. "Sua campanha de boatos e mentiras acabou. O dano causado ao povo deste país sugere que perdeu a cabeça."

- Estado sem orçamento -

Há meses, os dois políticos se opõem em relação ao orçamento de 2020, que não foi aprovado, e ao de 2021, ano em que Gantz deve substituir Netanyahu.

Se não houver acordo até 23 de dezembro, o Knesset será dissolvido e novas eleições serão convocadas três meses depois, em março de 2021.

Na noite de terça-feira, Gantz não esperou por esta data fatídica para expressar sua discordância com Netanyahu e pediu uma votação a partir desta quarta-feira (2) a favor da dissolução do Parlamento.

Para a imprensa israelense, esta manobra tem o efeito de pressionar Netanyahu para aprovar o orçamento e, ao mesmo tempo, lançar a campanha de Gantz em caso de novas eleições.

Nos últimos meses, Netanyahu - que deve comparecer no início do ano em seu julgamento por "corrupção" - tem se dedicado a normalizar as relações entre o Estado hebreu e alguns países árabes.

Embora Gantz apoie acordos de normalização com os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão, ele parece ter sido descartado em algumas decisões, como a visita secreta de Netanyahu na semana passada à Arábia Saudita, segundo a imprensa local.

Além disso, esta aproximação parece incomodar parte da oposição, em particular a Lista Árabe Unida, dos partidos árabes israelenses.

Nas últimas semanas, uma facção islamita (quatro deputados dos 120 do Knesset) iniciou um diálogo com Netanyahu.

A iniciativa partiu do chefe da oposição, Yair Lapid, que acusou o atual governo de coalizão no poder de ser "o pior da história de Israel" e de não ter administrado a crise do coronavírus.

A dissolução do Parlamento provocaria as quartas eleições em menos de dois anos em Israel.


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