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Estado de Minas

Reino Unido, primeiro país do mundo a aprovar a vacina da Pfizer/BioNtech


02/12/2020 09:37

O Reino Unido se tornou o primeiro país do mundo a aprovar a vacina da Pfizer/BioNTech, nesta quarta-feira (2), um passo "histórico" na luta contra a covid-19, que continua batendo recordes de mortalidade nos Estados Unidos.

O governo britânico anunciou que a vacina, que atende a "padrões rígidos de segurança, qualidade e eficácia", estará disponível a partir da próxima semana no país mais atingido da Europa, com 59.000 mortes confirmadas por covid-19.

A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos Sanitários do Reino Unido (MHRA) garantiu que, apesar da rapidez de sua aprovação, o processo se deu, respeitando-se todos os protocolos e sem precipitação.

A autorização do regulador britânico é um "momento histórico", segundo o presidente do laboratório americano Pfizer, Albert Bourla, que desenvolve este projeto com o alemão BioNTech.

Esta é uma notícia "fantástica", tuitou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Desta forma, o Reino Unido passa à frente de todos os outros países ocidentais e, especialmente, de seus vizinhos da UE.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmou que dará seu parecer em 29 de dezembro, "no mais tardar", sobre esta vacina e, em 12 de janeiro, sobre a da concorrente americana Moderna, ambas com eficácia perto de 95%.

- Situação preocupante nos EUA -

Do outro lado do Atlântico, a Food and Drug Administration (FDA), a agência que regula o setor de remédios e alimentos nos Estados Unidos, também recebeu o pedido da Pfizer/BioNTech. Na segunda-feira (7), receberá o do laboratório Moderna.

Se der sua permissão, ambas as vacinas poderão estar disponíveis ainda este mês nos Estados Unidos, o país com o maior número de mortes pela pandemia: mais de 270.000.

Na terça-feira, os Estados Unidos registraram mais de 2.500 óbitos em 24 horas, um recorde desde o final de abril, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

No país, a vacinação será direcionada, primeiramente, aos profissionais da saúde e a lares para idosos, conforme recomendação de um comitê consultivo dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs).

Esses dois grupos representam cerca de 24 milhões de pessoas nos Estados Unidos, número aproximado de cidadãos que poderão ser vacinados em dezembro, se as duas vacinas em avaliação forem licenciadas e produzidas nas quantidades prometidas.

Os lares para idosos nos Estados Unidos foram responsáveis, até agora, por 40% das mortes no país, ou seja, cerca de 100.000 óbitos.

Também nesta quarta, o Japão aprovou um projeto de lei para fornecer vacinas gratuitas a seus 126 milhões de habitantes.

Já encomendou com antecedência vacinas para 60 milhões de pessoas da Pfizer e mais 25 milhões de doses da Moderna e confirmou que receberá 120 milhões de doses do laboratório britânico AstraZeneca, que desenvolve seu projeto com a Universidade de Oxford.

- Restrições relaxadas na Europa -

Em todo mundo, a pandemia causou mais de 1,4 milhão de mortes e 63 milhões de infecções.

Com mais de 420.000 mortes e 18 milhões de infecções, a Europa parece ter deixado o pico da segunda onda para trás, e alguns países diminuíram suas restrições.

Nesta quarta-feira, a Inglaterra passou de seu segundo confinamento a um sistema de restrições locais baseado em três níveis de alerta, a depender da gravidade da epidemia por região.

Para alívio de comerciantes e compradores no período que antecede o Natal, todas as lojas puderam reabrir, além de serviços religiosos e centros esportivos.

Na maior parte do país, porém, reunir-se com a família e com amigos em lugares fechados continua proibido e, nas áreas mais afetadas, bares e restaurantes podem vender apenas comida para viagem.

Os estabelecimentos comerciais também puderam reabrir na Bélgica, embora um confinamento parcial ainda esteja em vigor.

Símbolo do relaxamento na França, a Torre Eiffel será reaberta ao público em 16 de dezembro.

Na América Latina e no Caribe, onde já foram registradas 450.000 mortes e mais de 13 milhões de casos de contágio, a cidadela inca de Machu Picchu, joia do turismo peruano, aumentará sua capacidade em 40% para 1.116 visitantes diários, um mês após sua reabertura.

No Uruguai, um dos países menos afetados pela pandemia, com pouco mais de 5.000 casos e menos de 80 mortes em uma população total de 3,4 milhões de habitantes, o presidente Luis Lacalle Pou anunciou novas medidas de restrição diante do aumento sustentado de casos.

Entre as medidas anunciadas, estão o retorno ao trabalho remoto para o serviço público e a recomendação de fazê-lo na iniciativa privada, o cancelamento de todos os eventos esportivos em espaços fechados e o fechamento de bares e restaurantes à meia-noite.

Além das consequências humanas, a pandemia deixou os pobres ainda mais pobres.

No Brasil, por exemplo, um dos países mais desiguais do mundo e também um dos mais atingidos pela pandemia, 67 milhões de cidadãos (de um total de 212 milhões) receberam um auxílio emergencial e temem quando esse apoio financeiro acabará, em tese, no final do ano.

Se a ajuda parar, "não vou viver, vou sobreviver", disse Jaira Andrade do Nascimento, de 37 anos, em um assentamento ilegal na periferia de Salvador.


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