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Estado de Minas

ONU anuncia acordo para convocação de eleições na Líbia em dezembro de 2021


13/11/2020 20:18

Delegados líbios reunidos em Túnis fecharam um acordo que prevê a organização de eleições nacionais na Líbia dentro de 13 meses, anunciou nesta sexta-feira (13) a chefe interina da Missão de Apoio da ONU na Líbia, Stephanie Williams.

"Os participantes do Fórum de Diálogo Político na Líbia decidiram organizar eleições nacionais em 24 de dezembro de 2021", informou Stephanie durante entrevista coletiva remota.

"É um dia crucial na história da Líbia e uma data muito importante para os líbios" que poderão "renovar suas instituições", acrescentou.

Este é o primeiro acordo destacado alcançado durante as negociações em Túnis, onde se reúnem desde a última segunda-feira 75 delegados dos diferentes grupos, sob a mediação da ONU, a fim de alcançarem uma solução política para o conflito na Líbia, mergulhada no caos após a queda de Muamar Khadafi, em 2011.

A mesa de diálogo também pretende definir um governo líbio de união nacional que ponha fim à divisão entre o Governo de União Nacional (GNA), reconhecido pela ONU e que controla a capital, Trípoli, e a facção do marechal Khalifa Haftar, concentrada no leste do país.

O chefe interino da Missão da ONU já havia anunciado na quarta-feira que as delegações concordaram com um roteiro preliminar para organizar eleições "credíveis".

No entanto, vários especialistas advertiram sobre a dificuldade de que os pactos selados em Túnis sejam respeitados pelas diferentes facções.

"A comunidade internacional dispõe das ferramentas para evitar que os acordos sejam sabotados, podendo, inclusive, recorrer a sanções", assinalou Stephanie Williams.

Esta rodada de reuniões em Gammarth, no nordeste da Tunísia, deve durar uma semana e reunir 75 líderes líbios selecionados pela ONU de todas as facções, incluindo membros de grupos beligerantes.

Os combates cessaram em junho depois que a ofensiva iniciada pelo marechal Haftar em abril de 2019 falhou.

Em outubro, as duas partes no conflito concordaram com uma trégua permanente, que permitiu a retomada da produção de petróleo, vital para este país, que possui as maiores reservas da África.


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