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Estado de Minas

Trump falará publicamente pela primeira vez desde sua derrota eleitoral


13/11/2020 18:31

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falará publicamente pela primeira vez nesta sexta-feira(13) desde o anúncio de sua derrota para Joe Biden, que, de acordo com as projeções finais da mídia, solidificou sua vitória ao conquistar o crucial estado da Geórgia.

Trump fará um discurso às 16h (18h Brasília) do Jardim das Rosas da Casa Branca sobre a "Operação Warp Speed", na qual o governo fez parceria com empresas farmacêuticas para criar e distribuir uma vacina contra o coronavírus que assola o país, disse um porta-voz.

Não se sabe se ele abordará o resultado das eleições de 3 de novembro, depois que as grandes redes de TV anunciaram que o democrata Biden finalmente obteve 306 votos no Colégio Eleitoral contra 232 para o presidente republicano - ironicamente, o número inverso que deu a vitória surpreendente de Trump sobre Hillary Clinton em 2016.

Biden, que obteve quase 78 milhões de votos em todo o país, mais de cinco milhões a mais do que Trump, foi declarado vencedor nesta sexta-feira na Geórgia, onde os democratas não venciam desde 1992 com Bill Clinton. O resultado solidificou sua vitória, depois de conquistar o Arizona na quinta-feira, nas mãos dos republicanos desde 1996.

Trump venceu na Carolina do Norte, mas não foi o suficiente para superar a liderança de Biden no Colégio Eleitoral de 538 membros, que decide formalmente a Presidência dos Estados Unidos.

Nos últimos dez dias, o presidente se ausentou de suas funções presidenciais normais, sem sequer comentar a repercussão da pandemia, que deixou mais de 242 mil mortos e 10,5 milhões de infecções nos Estados Unidos, e nos últimos dias espalhou-se com números recordes.

Fechado na Casa Branca, de onde só saiu para jogar golfe no fim de semana e comparecer a uma breve cerimônia do Dia dos Veteranos na quarta-feira, Trump repetiu várias vezes no Twitter que ganhou a reeleição, enquanto promove ações judiciais para questionar os resultados sem provas relevantes.

"Esta eleição foi manipulada!", tuitou nesta sexta-feira, depois de anunciar que ele poderia "tentar vir e cumprimentar" seus apoiadores no comício que planejam neste sábado em Washington para apoiar suas alegações de fraude.

No entanto, autoridades eleitorais de todo o país disseram que as eleições foram "as mais seguras da história dos Estados Unidos", ressaltando que "não há evidências" de votos perdidos ou trocados, nem de sistemas de votação alterados.

O horizonte continua escurecendo para o presidente republicano, depois que Biden recebeu cumprimentos não só de aliados americanos históricos, como Reino Unido, Israel e França, mas também da China.

Mas Trump e seu entorno parecem viver em uma realidade paralela.

"O presidente participará de sua própria posse", disse a secretária de imprensa de Trump, Kayleigh McEnany, à Fox News. "Quando todos os votos legais forem contados, o presidente Trump vencerá."

"Estamos trabalhando aqui na Casa Branca sob a suposição de que haverá um segundo mandato de Trump", disse à Fox News o assessor comercial de Trump, Peter Navarro.

- Perigo crescente -

Embora Biden continue seus preparativos para assumir o cargo em 20 de janeiro, a questão preocupa sua equipe.

O novo chefe de gabinete de Biden, Ron Klain, viu que o bloqueio do acesso da nova administração às reuniões informativas confidenciais do governo atual representa um perigo crescente.

Em declarações à MSNBC na noite de quinta-feira, Klain destacou a necessidade de estar a par dos planos de vacinação de covid-19 entre "fevereiro e março", quando Biden já estará no Salão Oval.

"Quanto mais cedo conseguirmos que nossos especialistas em transição se reúnam com as pessoas que estão planejando a campanha de vacinação, mais tranquilo será", afirmou.

A persistente demora do governo Trump em reconhecer a vitória de Biden representa "um sério risco para a segurança nacional", alertaram mais de 150 ex-autoridades da área em uma carta na quinta-feira, incluindo alguns que trabalharam com Trump.

Entre os signatários, democratas e republicanos, estão o ex-chefe do Pentágono Chuck Hagel, republicano, e Michael Hayden, ex-chefe da Agência de Segurança Nacional (NSA) e, posteriormente, da CIA durante presidências democratas e republicanas.

O grupo instou a diretora da Administração de Serviços Gerais (GSA), Emily Murphy, a reconhecer oficialmente Biden como presidente eleito.

Sem a confirmação da GSA, Biden não tem acesso a fundos de transição e outros recursos, incluindo relatórios de inteligência.

Embora muitos no Partido Republicano tenham se mostrado leais a Trump, outros acreditam que, para o bem do país, Biden deve ser capaz de acessar informações confidenciais.

James Lankford, um senador republicano de Oklahoma, disse à rádio Tulsa KRMG no início da semana que daria ao governo Trump até sexta-feira para possibilitar isso e, caso contrário, interviria "para pressioná-los".


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