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Estado de Minas

Adolescente bengalês recebe prêmio internacional por luta contra assédio on-line


13/11/2020 13:55

Um adolescente de Bangladesh recebeu o Prêmio Internacional da Paz Infantil 2020 da fundação holandesa KidsRights, nesta sexta-feira (13), por seu aplicativo móvel que ajuda adolescentes a relatarem casos de assédio on-line.

"Uma ação séria deve ser tomada agora. Os adolescentes continuam vulneráveis ao crime na Internet e ao cyberbullying, especialmente nos tempos que vivemos", afirmou o premiado Sadat Rahman, de 17 anos, à AFP em uma entrevista por vídeo.

Rahman recebeu o prêmio, entregue em uma cerimônia por videoconferência nesta sexta-feira, por desenvolver um aplicativo móvel para ajudar adolescentes a denunciarem crimes cibernéticos de assédio em seu distrito de Narail, no oeste de Bangladesh.

Graças ao aplicativo "Cyber Teens", adolescentes vítimas de crimes cibernéticos podem entrar em contato com uma equipe de jovens voluntários, incluindo o próprio Sadat, que alertam a polícia e assistentes sociais.

Ele diz que a ideia surgiu "após o suicídio de uma garota de 15 anos após sofrer assédio on-line".

"Decidi que os adolescentes precisam de ajuda e que devemos agir para evitar que outras crianças passem pela mesma tragédia", explicou Rahman.

As outras duas finalistas este ano foram a mexicana Ivanna Ortega Serret, de 12 anos, uma ativista contra a poluição da água, e a irlandesa Siena Castellon, de 18 anos, que ajuda alunos com dificuldades de aprendizagem e autismo.

Este prêmio é concedido a cada ano, desde 2005, a um menor de idade por seus compromissos com os direitos da criança. Entre os vencedores anteriores estão a ativista ambiental sueca, Greta Thunberg, e a ativista educacional paquistanesa, Malala Yusafzai.

O prêmio, de 100.000 euros que são investidos em projetos vinculados à causa do vencedor, foi entregue por Malala Yusafzai, premiada neste evento em 2013 e também vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2014.

O aplicativo de Sadat Rahman, cujo download já foi feito cerca de 1.800 vezes, já levou a oito prisões, incluindo adultos acusados de terem enviado imagens pornográficas para menores.

Desde o surgimento da pandemia da covid-19, as associações têm expressado sua crescente preocupação com o aumento de crimes na internet, principalmente em relação ao conteúdo de pornografia infantil.

Em abril e maio, o assédio virtual registrou um aumento de cerca de 70% em todo mundo, segundo um estudo recente da KidsRights.


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