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Estado de Minas

Europa prevê início de vacinação contra Covid-19 no começo de 2021


11/11/2020 18:43

A União Europeia começará a fornecer as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 no primeiro trimestre de 2021, segundo as previsões mais otimistas, traçando um horizonte de esperança depois que a pandemia voltou a bater recordes naquela região, nesta quarta-feira.

A situação na Europa é "muito preocupante e todos os nossos indicadores seguem uma direção ruim", advertiu hoje a diretora do Centro Europeu de Controle de Doenças (ECDC), Andrea Ammon, em entrevista à AFP. Questionada sobre a data de início da vacinação naquele continente, ela disse que, "sendo otimista, no primeiro trimestre de 2021".

O mundo se agarra à ideia da chegada a médio prazo de uma vacina eficaz, após o anúncio feito pelos laboratórios Pfizer e BioNTech de que sua futura vacina já apresenta 90% de eficácia. A Comissão Europeia anunciou hoje que acertou com os dois laboratórios a compra de cerca de 300 milhões de doses.

Essa vacina é uma das mais de 40 que estão em diferentes fases de desenvolvimento no mundo. O fabricante da vacina russa Sputnik-V garantiu que a mesma possui eficácia de 92% e prometeu que os dados que sustentam esta afirmação serão publicados em breve "em uma das principais revistas médicas do mundo".

Paralelamente, as restrições aumentavam em diversos países europeus. Nesta quarta-feira, a Hungria, um dos mais afetados, começou a aplicar um novo confinamento parcial, que irá durar ao menos 30 dias, acompanhado de um toque de recolher noturno.

A Grécia, onde um segundo confinamento entrou em vigor no último sábado, reforçará este dispositivo ao aplicar um toque de recolher entre 21h e 5h.

Apesar das restrições, os números aumentam de forma significativa naquele continente. O Reino Unido, país europeu que registra mais óbitos, superou hoje 50 mil mortos, enquanto a Espanha soma mais de 40 mil e a Itália já registra mais de 1 milhão de infectados.

- Recorde de casos nos Estados Unidos -

Em todo o mundo, a pandemia de coronavírus já provocou ao menos 1,27 milhão de mortes e infectou 51,5 milhões de pessoas, segundo o balanço mais recente da AFP, realizado nesta quarta-feira com base em fontes oficiais.

Além da Europa, os Estados Unidos enfrentam uma segunda onda agressiva da doença. O país registrou ontem mais de 200.000 novos casos de coronavírus, um número recorde.

A maior potência econômica do mundo, que já superou os 10 milhões de casos e as 240.000 mortes por covid-19, registra há vários dias mais de 100.000 novos casos a cada jornada. Nas últimas 24 horas, 1.500 pessoas morreram vítimas do coronavírus no país, onde há 60.000 hospitalizados por covid-19.

A pandemia ocupou um lugar central nas eleições presidenciais da semana passada. Joe Biden, que criticou a gestão da crise por parte do presidente Donald Trump, anunciou na terça-feira a composição do grupo que será responsável por administrar a crise, quando entrar na Casa Branca em 20 de janeiro. "Enfrentamos um inverno muito sombrio", disse Biden.

O governo americano assinou um contrato de 1,95 bilhão de dólares com a Pfizer para obter 100 milhões de doses de sua vacina caso ela seja aprovada, e espera poder começar a usá-la antes do fim do ano.

Na América Latina, o governo da República Dominicana prorrogou por 20 dias o toque de recolher noturno em vigor desde julho. Já o presidente Jair Bolsonaro, que subestimou as consequências da covid-19, apesar de o Brasil ser o segundo do mundo em número de mortos (mais de 162.000), foi alvo de críticas por declarações homofóbicas.

"Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia (...). Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas. Temos que enfrentar de peito aberto, lutar. Ódio dessas coisas de maricas", disse.

Nesta quarta-feira, foram registradas as primeiras infecções internas por coronavírus na Mongólia, e o arquipélago de Vanuatu, no Pacífico Sul, um dos poucos lugares do mundo preservados da pandemia, anunciou o primeiro caso de covid-19.


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