(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Bolsas mundiais disparam com anúncio de vacina eficaz contra a covid-19


09/11/2020 19:37

Depois de celebrar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais americanas, a exaltação marcou as bolsas mundiais com o anúncio de uma vacina eficaz contra a covid-19.

Após abrir no azul após a vitória do democrata Joe Biden nas eleições americanas, as bolsas foram literalmente empurradas após o anúncio dos laboratórios Pfizer e Bionthec de que sua vacina teria 90% de eficácia contra a covid-19.

O Dow Jones fechou em alta de 2,95%, a 29.157,97 pontos, enquanto o S&P; 500 subiu 1,17%, a 3.550,50.

O índice tecnológico Nasdaq, que subiu nos últimos meses por empresas de tecnologia que se beneficiaram pelas restrições de mobilidade devido à pandemia, recuou 1,53%, a 11.713,78 pontos.

Na Europa, Madri fechou com alta de 8,57%, Paris, 7,57%, Frankfurt, 4,94%, Londres, 4,67% e Milão, 5,43%.

Paris, Londres e Milão apresentaram seus melhores resultados em uma sessão desde março, e Frankfurt desde maio.

- "A notícia do ano" -

As ações da Pfizer dispararam 17% antes da abertura e fecharam com forte alta, de 7,68%.

"Essa notícia é enorme, esperávamos por ela há muito tempo", disse Daniel Larrouturou, que administra ações no Dôm Finance, ao ser questionado pela AFP em Paris pouco depois do anúncio.

"É a notícia do ano, talvez inclusive da década. Foi encontrada a vacina contra o coronavírus", declarou em Frankfurt Jochen Stanzl, analista no CMC Markets. "Quase nada poderia ser mais bonito do que esta informação após quatro anos de divisões transatlânticas sob o governo de Trump", acrescentou.

Essa taxa de eficácia de 90% é muito superior à que esperavam os especialistas. "A maioria das vacinas contra a gripe tem uma taxa de eficácia de 30% e nós nos vacinamos", disse Jack Ablin, da Cresset Wealth.

- Ganhadores e perdedores -

O anúncio beneficiou setores mais afetados pelas medidas restritivas, como o de viagens e aeronáutica.

A notícia dos laboratórios provocou altas supersônicas na Airbus (+18,5%), IAG (+25,5%), Lufthansa (+19,8%), Rolls Royce (+43%) e EasyJet (+35,5%).

Em Wall Street, a American Airlines (+15,18%) e a United Airlines (+19,15%) e os cruzeiros Carnival (+39,22%) levaram a melhor entre estas empresas.

"Para os investidores é um sinal claro de que podem aplicar de novo nestas ações cíclicas e vulneráveis", destacou Ablin.

- Alegria de uns... -

Por outro lado, as empresas que se beneficiaram com as medidas do confinamento registraram fortes quedas: em Frankfurt, o Delivery Hero (entrega de comida à domicílio) era o único valor em vermelho (-4,45%), no MDax (índice de valores médios alemães) o Hello Fresh (entrega de cesta de comida para cozinhar em casa) perdeu 18,2%. Em Londres, Ocado caiu 8,26% e Just Eat Takeaway 7,14%

Em Wall Street, a ação da Zoom Video, especializada em videoconferências, recuou 17,37%, um dado que fala por si.

O anúncio de uma futura vacina confiável ocorre em um momento em que os Estados Unidos, assim como a Europa, enfrentam recordes de novos casos nos últimos dias e que o acúmulo de novas restrições para conter a segunda onda poderia prejudicar seriamente a reativação econômica.

Sendo assim, a perspectiva de uma melhora na saúde cresceu com a vitória de Joe Biden, o que faz "as bolsas esperarem maior previsibilidade e menos volatilidade", aponta Stanzl.

Os investidores não têm dúvidas de que Joe Biden tomará posse como presidente dos EUA em janeiro, mesmo se Donald Trump ainda não quiser reconhecer sua derrota.

"Os investidores estimam que seus recursos legais representam apenas uma tentativa de salvar a imagem" do presidente derrotado, diz Joshua Mahony, analista no IG.

No início, os investidores temiam uma vitória democrata, sinônimo de aumento nos impostos para empresas e impostos sobre as renda capital, mas agora apostam por medidas políticas moderadas.

"Parece provável que os republicanos conservarão o controle do Senado e, se for assim, será mais difícil para o governo Biden introduzir um regulamento reforçado para os setores tecnológicos e farmacêuticos, assim como aumentar os impostos", observa David Madden, analista para CMC Markets.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)